Cascavel – Coordenadores de cursos de Agronomia de duas faculdades de Cascavel e representantes de entidades de classe participaram na noite de terça-feira, no anfiteatro da Areac (Associação Regional dos Engenheiros Agrônomos de Cascavel), de uma discussão em torno do anúncio de implantação do primeiro curso de Agronomia pelo método EAD (Ensino a Distância) no Brasil.
Logo que soube da autorização concedida pelo MEC (Ministério da Educação) para a implantação do modelo de curso pela Unopar, de Cornélio Procópio, a Areac convocou o encontro para buscar sugestões com a finalidade de subsidiar um ofício, a ser encaminhado à Federação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná e ao Crea-PR (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná).
O questionamento é por conta da complexidade do curso e a inviabilidade de aplicar as disciplinas a distância, uma vez que requer, além da parte teórica, as aulas práticas, consideradas fundamentais para capacitar o aluno ao mercado de trabalho no futuro. A Areac defende que o curso de Agronomia precisa ser vocacionado às aulas presenciais. O debate contou com a participação das coordenadoras dos cursos de Agronomia da FAG e Univel, Ana Paula Simonetti e Vanessa Taques.
O OUTRO LADO
Em contato com o campus I da Unopar, em Cornélio Procópio, a gerente comercial Carla Nietto, explicou que o curso tem característica de semipresencial, ou seja, segundo ela, 75% de cada disciplina deverá ser presencial.
O lançamento oficial do primeiro curso do Brasil nestes moldes voltado à Agronomia está programado para o mês de novembro. O curso será iniciado em janeiro e terá 200 vagas. O estágio em propriedades rurais da região Norte é obrigatório, atendendo o que preconiza o MEC e a Unopar.
No primeiro semestre, é obrigatória a presença do aluno uma vez por semana no campus. A partir do segundo semestre, três vezes por semana. “Estamos tendo uma procura intensa de interessados de todo o Brasil, mas explicamos que o curso é semi presencial”, diz.
