Cotidiano

Ministro do Supremo nega habeas corpus a Antonio Palocci

O relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, negou nesta quarta-feira habeas corpus ao ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, preso em Curitiba desde setembro do ano passado por ordem do juiz Sérgio Moro. O tribunal ainda não divulgou a decisão de Fachin na íntegra. No mês passado, o ministro já tinha negado o benefício ao petista.

O novo pedido da defesa de Palocci foi formalizado na última sexta-feira. Segundo os advogados, o petista está preso há mais de sete meses sem que tenha sido condenado por um tribunal de segunda instância. A decisão de Fachin foi tomada no dia seguinte ao julgamento da Segunda Turma do STF que resultou na libertação de outro réu da Lava-Jato, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.

À decisão, ainda cabe recurso que será julgado pela Segunda Turma do tribunal, a mesma que determinou a libertação de Dirceu, ontem, e na semana passada do empresário José Carlos Bumlai e do ex-assessor João Cláudio Genu.

Em abril, Antonio Palocci sinalizou ao juiz Sérgio Moro que poderia municiar a Lava-Jato com novas informações, capazes de "dar mais um ano de trabalho" ao juiz. Depois de afirmar em audiência que sabia da existência de caixa 2, mas que nunca operou ou organizou pagamentos, o ex-ministro se mostrou favorável a dar novas informações.

Palocci está preso desde setembro do ano passado. Ele é suspeito de receber agir em favor da Odebrecht, entre 2006 e 2013, interferindo em decisões do governo federal, como aprovações de medidas provisórias e concessões de financiamentos do BNDES. Em troca, ele teria recebido R$ 128 milhões da empreiteira em forma de propina para o PT.