Cotidiano

Ministro da Educação pede investigação sobre ofício que suspende bolsas

mendonça-filhoBRASÍLIA ? O ministro da Educação e Cultura (MEC), Mendonça Filho, informou que pediu à Polícia Federal para investigar a circulação, nas redes sociais, de um ofício atribuído a ele sobre suspensão de bolsas de assistência estudantil. De acordo com o MEC, o documento foi assinado no apagar das luzes da gestão petista, em 11 de maio, pelo então secretário de Educação Superior Jesualdo Pereira, da equipe do ex-titular da pasta Aloizio Mercadante.

? Acionei o ministro da Justiça para que saibamos quem está circulando essa mensagem, dizendo que o meu primeiro ato no ministério é o corte de benefícios, quando na verdade essa circular foi assinada antes de eu assumir. Não assinei nenhum ato ainda ? disse Mendonça ao GLOBO.

A circular foi encaminhada às instituições de ensino superior avisando que não há orçamento no MEC para novas inscrições no Programa Bolsa Permanência, que atende estudantes carentes, salvo no caso de indígenas e quilombolas. O documento informa ainda que 13.931 alunos foram beneficiados em 2016.

VAIAS E PROTESTO EM DISCURSO

Mais cedo, Mendonça Filho se apresentou a servidores do MEC, nesta sexta-feira, e anunciou Maria Helena Guimarães de Castro como secretária-executiva da pasta. Em rápido discurso, Mendonça disse que não será instalado “clima de caça às bruxas” e voltou a repetir, a exemplo do que fez o presidente interino Michel Temer, que “projetos importantes” da pasta serão mantidos, citando o ProUni, Pronatec e Enem. O discurso terminou com gritos de protesto vindos de manifestantes do fundo do auditório. Eles chamaram Mendonça de “golpista” e “ministro ilegítimo”, ao que outro presente respondeu “comunista”. O ministro fez que não ouviu e deixou a sala sob aplausos. Os manifestantes não foram identificado, mas servidores acreditam se tratar de sindicalistas.