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Ministério Público da Bolívia faz buscas em escritório da LaMia e de controladora de voo

Agentes do Ministério Público da Bolívia iniciaram, nesta terça-feira, buscas nos escritórios da LaMia, companhia aérea que levava a equipe da Chapecoense e jornalistas para Medellín, e da Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares de Navegação Aérea da Bolívia (Aasana), agência controladora de voos da Bolívia, onde trabalha Celia Castedo Monasterio, funcionária da Aasana. Ela é acusada pela agência de descumprimento de seus deveres e atentado contra a segurança dos transportes, por não ter vetado a decolagem de Santa Cruz da la Sierra até a Colômbia.

Osvaldo Tejerina, um dos cinco agentes que participaram das buscas nos escritórios, confirmou ao jornal boliviano “El Tiempo” que a operação faz parte de uma investigação do Ministério Público boliviano, após a Aasana prestar queixa contra Celia Castedo, que pediu refúgio no Brasil.

O procurador-geral do Estado, Ramiro Guerrero, disse que as investigações ainda estão no início, e não descartou nenhuma possibilidade em relação à Célia, que pode, inclusive, ser indiciada por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. A funcionária da Aasana, por sua vez, disse às autoridades bolivianas que alertou o representante da LaMia que a quantidade de combustível poderia ser insuficiente em caso de emergência.

O governo da Bolívia contra a Lamia para saber como a companhia aérea recebeu autorização para operar no país, pois foram encontrados indícios de tráfico de influência e omissão de denúncia. Um gerente da Lamia teria relações diretas com um servidor da Direção Geral de Aeronáutica Civil (Dgac), agência reguladora de aviação civil boliviana. Dirigentes da Dgac e da Aasana foram afastados dos cargos até que durem as investigações.

O governo da Bolívia abriu uma investigação contra a Lamia para saber como a companhia aérea recebeu autorização para operar no país, pois foram encontrados indícios de tráfico de influência e omissão de denúncia. A suspeita da Procuradoria Geral é que um gerente da Lamia teria relações diretas com um servidor da Direção Geral de Aeronáutica Civil (Dgac), a agência reguladora de aviação civil boliviana.

Nesta quarta-feira (7), dois procuradores brasileiros vão participar de uma reunião de trabalho com membros dos Ministérios Públicos boliviano e colombiano, para tratar dos trabalhos de investigação sobre o acidente com o voo da LaMia. Os mortos da Chapecoense na tragédia aérea na Colômbia

Os jornalistas que morreram no desastre aéreo da Chapecoense

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