Cotidiano

Minha causa na rua: 5 ações de carnaval no Rio que vão além da folia

63852424_RI Rio de Janeiro RJ 09-02-2016 Carnaval 2016 - Bloco Vagalume o Verde desfila na Rua.jpg

RIO – A Prefeitura do Rio estima que 5 milhões de pessoas pularão carnaval nos próximos dias na cidade, dos quais 1,5 milhões são turistas. De acordo com a programação oficial, mais de 400 blocos devem desfilar pelas ruas. Mas em meio a tanta folia, há quem encontre também espaço para a conscientização sobre causas diversas, que vão da saúde ao meio ambiente.

Conheça parte desta engajada programação:

1. Mulheres contra o assédio

O bloco Mulheres Rodadas, que desfila no primeiro dia de março, puxa o bonde do feminismo desde 2015. Neste ano, ele ganhou a companhia de uma série de ações, espontâneas, governamentais e até de empresas em campanhas pela igualdade de gênero e contra o assédio às mulheres.
A campanha #MinasDeVermelho, por exemplo, está estimulando que as mulheres usem uma faixa vermellha no braço para indicar um sinal de auxílio em caso de necessidade; outra ferramenta para a sinalização está sendo distribuída pela Skol, o #ApitodeRespeito. Há também a marchinha “Se você quiser”, composta por Pedro Abramovay e Gustavo Moura, cantada por Bruna Caram e Chico Cesar, e até mesmo uma marca de acessórios feministas lançada por Layana Thomaz e Maíra Nascimento.

2. Campanha por doação de sangue

Com uma média diária de apenas 15 doações, mesmo tendo capacidade para 80, o Hemonúcleo do Instituto Nacional de Cardiologia entrou no ritmo do carnaval para estimular a doação de sangue na unidade. Com bloco que juntou pacientes e ritmistas do projeto Sacode Mangueira, uma campanha foi lançada no último dia 16 e vai até o fim do carnaval. Confira no site do instituto informações para a doação de sangue: http://www.incl.rj.saude.gov.br/htm/hemonucleo.htm
O Hemorio também lançou a campanha Vista a Fantasia da Solidariedade para o carnaval. Confira informações: http://www.hemorio.rj.gov.br/Html/Doacao_doe.htm

3. Folia verde
O bloco Vagalume o Verde se prepara para o seu 13º voo, no dia 28, e se denomina o bloco mais “animado, ecológico e consciente da cidade”. Itens da bateria e adereços do desfile tradicionalmente usam objetos recicláveis; nas regras do desfile, o grupo defende a colaboração com a coleta de lixo, de preferência reciclável.
No último dia 18, o Bloco Brasil também promoveu um “carnaval ecológico”, com direito a bicicletário, distribuição de dez quilos de purpurina ecológica e parceria para a coleta de latinhas de alumínio.

4. Um viva à inclusão

O bloco Gargalhada nasceu em 2005 com o objetivo de divertir pessoas de todas idades, gênero, com ou sem necessidades especiais. No próximo domingo, chega a mais um desfile em Vila Isabel com uma porta-bandeira com Síndrome de Down, Shirley; Leonardo, deficiente auditivo, desfila como rainha do bloco travestido da drag queen Kitana McNew; e a rainha de bateria, Catita, fica à frente da percussão, representando a terceira idade.
Nesta quinta-feira, o Loucura Suburbana, do Instituto Nise da Silveira, também levou às ruas mais um desfile, reunindo participantes da rede de saúde mental da cidade; no último sábado, quem animou as ruas da Urca foi o bloco Tá Pirando Pirado Pirou, do Instituto Pinel.

5. AIDS: uma conscientização permanente

Na campanha de carnaval para 2017, o Ministério da Saúde planeja distribuir mais de 74 milhões de preservativos masculinos e 3,1 milhões de femininos. Além disso, “homens-camisinha” irão ajudar na conscientização sobre a prevenção às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) em festas em Salvador, Rio, São Paulo, Recife, Olinda, Ouro Preto, Diamantina, Florianópolis e Brasília. Tudo para buscar atrair os jovens, que apresentam números preocupantes em relação à AIDS, como a mais baixa adesão ao tratamento entre todas as idades.