Cascavel – A Secretaria de Assistência Social realizou na manhã de segunda-feira (4) o deslocamento de 29 indígenas que estavam acampados próximo ao Terminal Rodoviário Dra. Helenise Pereira Tolentino, em Cascavel.
Das nove barracas de lona, ainda restam quatro. O convite para o retorno à Aldeia Rio das Cobras, em Nova Laranjeiras de onde vieram, foi feito pela Assistência Social que ofereceu um veículo para o transporte dos passageiros e um caminhão para levar os pertences.
Das 29 pessoas que foram para Nova Laranjeiras, pelo menos 15 eram crianças. Ainda ficaram cerca de 30 que se recusaram voltar, pois alegam que querem comercializar artesanato aqui, não podemos obrigar ninguém a ir embora, explica a coordenadora do Centro Pop (Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua) Maria Marly de Paula.
Ainda segundo Paula, poucos são os indígenas que procuram os serviços oferecidos pela entidade como: lavagem de roupa, banho e três refeições diárias.
Recebemos poucos índios na entidade, eles preferem ficar andando pela rua. Lamentamos, pois sabemos da existência de bebês e crianças maiores. Estamos programando mais um transporte gratuito para a aldeia, mas dependemos da vontade e da decisão deles, acrescenta Paula.
O que eles dizem
Chegamos no domingo, viemos de ônibus e vamos voltar assim que conseguirmos vender nossos artesanatos, diz a indígena, Franciele Jeca.
Diminuiu a sujeira no local, além da quantidade de barracas, mas ainda é possível ver moradores de rua rondando aquele entorno. Quem trabalha ou caminha por ali reclama da situação.
É lamentável ver crianças e mulheres nesta situação. É muito feio para o Município, diz o vendedor João Andrade.
Em dezembro passado algumas lojas próximas às barracas chegaram a ter as portas de vidro quebradas. Também existem denúncias de prostituição envolvendo indígenas.
(Com informações de Eliane Alexandrino)
