Cotidiano

Mesmo com recessão, vendas na Black Friday devem crescer até 30%

SÃO PAULO – Mesmo com a recessão que está deixando o orçamento do brasileiro mais apertado, a expectativa é que as vendas da Black Friday, que acontece no próximo dia 25 de novembro, cresçam entre 20% e 30%. Se isso se confirmar, a estimativa é que os negócios girem entre R$ 1,9 bilhão e R$ 2,1 bilhões ante o R$ 1,6 bilhão do ano passado. Essas estimativas constam de uma pesquisa de intenção de compras encomendada pelo Google Brasil e realizada pela Provokers.

Segundo a pesquisa, este ano, mesmo com a crise, há otimismo com a data porque os brasileiros estão se planejando antecipadamente para a Black Friday. Isso é notado pelo grande número de consultas no Google sobre a data. Na edição do ano passado, três em cada quatro consumidores online fizeram pesquisas sobre o evento. No Brasil, que já tem cerca de 40 milhões de consumidores online, três quartos já participaram de alguma edição da Black Friday. Na primeira edição, o percentual de consumidores online que comprou pelo menos um item foi de 22%, enquanto no ano passado esse percentual chegou a 64%.

Também há otimismo entre os varejistas porque houve crescimento de vendas em todas as datas especiais, este ano: no Dia das Mães, o crescimento das vendas foi de 8%; de 12% no Dia dos Pais e de 16% no Dia dos Namorados.

O levantamento, que ouviu cerca de 800 pessoas, de 18 a 54 anos, em todas as regiões do país, mostrou que os fatores mais considerados na decisão de compra são preço (42%), parcelamento (21%) e custo de frete (17%). Quando esses três fatores são semelhantes, a decisão de compra é pautada pela confiabilidade do site em revelar dados pessoais.

Os consumidores que pretendem comprar eletreletrônicos e eletrodomésticos foram os que mais responderam que vão esperar a Black Friday. A pesquisa também revelou que, ao contrário do Natal, a Black Friday é uma data de compras pessoais. Mais da metade dos entrevistados (53%) respondeu que compra apenas para si mesmo.

O levantamento revelou ainda que a forma de pagamento mais usada é o cartão de crédito (61% optam pelo parcelamento e 33% pelo pagamento à vista), seguido por dinheiro (32%) e boleto bancário (26%). O segmento de smartphones, que vendeu R$ 360 milhões apenas na sexta-feira da última edição da Black Friday, registrou o maior número de buscas no mês da promoção: 11%.

A Black Friday também é o dia com mais buscas por passagens aéreas e pelo programas de milhagem. No ano passado, mais de 50 empresas de turismo aderiram à data. Os produtos de beleza, que tradicionalmente vendem mais nas lojas físicas, ganharam força nas vendas online desde a primeira edição: o crescimento foi de 165% até o ano passado. A data abre a temporada de intenção de compra, que se mantém até o Natal.