A terceirização da merenda escolar em Cascavel ainda é um assunto indefinido. Estudos de caso são feitos pela Secretaria Municipal de Educação junto com conselheiros do CME (Conselho Municipal de Educação), composto por profissionais que atuam no setor.
A recente viagem feita por uma comitiva a Indaiatuba (SP), para avaliar a terceirização no município põe em xeque o atual sistema. No entanto, a secretária de Educação, Marcia Baldini, prefere não se manifestar sobre o assunto. Por meio de sua assessoria, garante que só vai se pronunciar assim que os estudos forem concluídos, o que ainda não tem prazo para ocorrer. Outra viagem a Chapecó (SC) deve ocorrer nas próximas semanas, também para conhecer o processo de terceirização da merenda escolar implantado na cidade catarinense.
De longa data
A discussão sobre a terceirização da merenda escolar em Cascavel já é antiga. Em 2009, durante a segunda gestão do ex-prefeito Edgar Bueno, o CME impediu que o sistema fosse implantado.
Uma professora da rede municipal que preferiu não se identificar afirma que a terceirização vai precarizar a merenda. “Uma empresa que presta este tipo de serviço não quer qualidade, quer fazer mais com pouco, para ter lucro. Imagina como vão ficar os cardápios se isso acontecer?”, lamenta.
De qualidade
Todos os dias são servidas 55,6 mil refeições a mais de 30 mil estudantes. Conforme o Setor de Nutrição Escolar, o município assegura aos alunos o fornecimento de uma alimentação de qualidade. Além disso, às crianças com diabetes, colesterol, intolerância à lactose, alergia à proteína do leite, ao ovo, celíacos, entre outros, possuem acompanhamento nutricional individualizado, com cardápios específicos a cada patologia.
Os cardápios são diferenciados para escolas e CMEIs (Centros Municipais de Educação Infantil). Nas escolas são elaborados mês a mês, quando os alunos recebem uma alimentação por dia. Já o cardápio de CMEIs é elaborado anualmente e conta com cinco refeições por dia, respeitando a faixa etária.
