Cotidiano

Menores das Farc começam a deixar acampamentos na Colômbia

201609080022051944_AP.jpgBOGOTÁ – Foi com a saída de 13 menores dos acampamentos das Farc que começou, neste sábado (10), na Colômbia, a desmobilização de crianças e adolescentes dessa guerrilha, no âmbito do acordo de paz alcançado entre os rebeldes e o governo de Juan Manoel Santos. Farc – 1009

“Na tarde de hoje, um segundo grupo de cinco menores foi recebido por uma missão integrada pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICR) e por dois delegados das organizações” designadas na mesa de negociações, indicou o órgão em um comunicado, sem especificar o local da entrega.

Os cinco menores se unem a um grupo de oito entregue na manhã deste sábado ao CICR.

Após quase quatro anos de negociações em Cuba, o governo Santos e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) chegaram a um acordo de paz que busca pôr fim a um acordo armado de mais de meio século.

Na última terça (6), as partes divulgaram o protocolo de saída e o plano transitório de acolhida para desmobilizar os menores que estão nos acampamentos insurgentes. Primeiramente, eles passarão por uma avaliação de suas condições de saúde e serão identificados pelo CICR, sendo então entregues a uma equipe do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

“O pessoal médico do CICR que fazia parte da missão humanitária verificou que os menores se encontravam em estado de saúde apto para seu translado”, acrescentou o organismo, neste sábado.

“Meninos, meninas e adolescentes” começaram a ser transferidos para o lugar transitório de acolhida, onde serão recebidos por uma equipe do Unicef para iniciar sua reincorporação, reparação integral e inclusão social.

Em fevereiro de 2015, as Farc anunciaram a suspensão do recrutamento de menores de 17 anos e, um ano depois, ampliaram o limite para 18. Em maio, os lados envolvidos anunciaram para “breve” a saída desses menores dos acampamentos.

– O número depende de cada acampamento. Vão sair paulatinamente dos acampamentos em diferentes regiões do país. Não vai ser, simplesmente, um único momento. É um processo, e essa é a primeira fase – explicou à imprensa na sexta-feira (9) o alto comissário para a paz, Sergio Jaramillo.