Cotidiano

Meninas doam cabelos a pacientes com câncer

A vontade de ajudar o próximo prevaleceu e ontem Laura Seibert se despediu do cabelo longo de 40 centímetros para adotar um novo visual.

Mais do que a preocupação com a beleza, a menina de apenas 11 anos decidiu fazer o corte pelo projeto “Doar Não Dói” e colaborar para a fabricação de perucas a crianças e adultos em tratamento contra o câncer. “Já havia cortado o cabelo no ano passado e deixei crescer novamente para colaborar com o projeto de novo. Uma tia minha teve câncer e contou que muitas pessoas sentem vontade de ter cabelo”, diz a aluna do colégio Estadual Wilson Joffre.

O salão nobre do colégio foi transformado provisoriamente em salão de beleza. A iniciativa partiu de Laura e outras cinco colegas.

“Todas elas já fizeram a doação pelo menos uma vez e nos procuraram para saber o que poderia ser feito. É um pedido que nos emociona e corremos atrás de atendê-las”, comenta a pedagoga Ana Lúcia Toledo Fischer.

O convite foi feito em todas as salas de aula e divulgado pelas redes sociais. A aceitação foi tão grande que ontem havia filas de meninas que queriam cortar o cabelo.

A cabeleireira Adriana Pereira foi responsável por atender as meninas e além de tudo, trazer felicidade a pacientes da Uopeccan (União Oeste Paranaense de Estudo e Combate ao Câncer). “Sou voluntária da Uopeccan e faço cortes gratuitos no meu salão. Desde que o projeto teve início conseguimos fazer 73 perucas”, afirma.

Adriana lembra que não há muita exigência para quem quer colaborar. “Preciso no mínimo de 20 centímetros de cabelo. Doações de crianças são melhores, mas não importa se o cabelo tem algum tipo de química”, explica.

Marya Anthonia Castro Rodrigues, 9 anos, fez a doação há um mês e ontem, apesar de ainda não poder fazer um novo corte, incentivou outras meninas. “Fiz o convite para várias amigas, mas assim que o cabelo crescer vou doar novamente”, diz a menina.