Cotidiano

Mel produzido no oeste é distribuído até para a China

Santa Helena – O Município de Santa Helena tem população estimada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 25.911 habitantes. É pequeno, se comparado a demais cidades do oeste. Mas a grandiosidade que vem desse pedaço de Paraná é tão deliciosa que atravessa oceanos e é distribuída ao Japão e até para a China.

É em Santa Helena que todo o processo de produção de mel é realizado. A cooperativa recebe o néctar extraído por produtores de 27 municípios. Ao todo, são 243 associados que colaboram com o produto que é considerado exclusivo, único e que só se produz aqui. O mel do oeste, inclusive, possui a Indicação Geográfica por meio de comprovação científica, e não é a toa. O processo de produção é genuinamente artesanal. Material que vem das abelhas, natureza que dá conta de praticamente todo o processo. “Tenho 300 colmeias. Muitos produtores se preocupam em produzir mel. Eu me preocupo em ter abelhas, porque sem elas não há produto”, explica Valdoir da Luz, que está no ramo da apicultura há cinco anos.

Ele atua desde a produção de novos enxames até a coleta do produto. “Eu faço as caixas para os ninhos, tiro um dos favos de uma das caixas que já estão produzindo e coloco nas caixas novas. Ali as abelhas colocam os ovos, formam a família e inclusive a rainha. Muitas abelhas foram trazidas para cá, mas a maioria eu que criei”, explica.

E como fazer para as abelhas não irem embora? Elas são alimentadas com açúcar à vontade e uma proteína especial para estimular a produção do mel. Na primavera, a cada 15 dias o produto pode ser retirado. “Eu borrifo fumaça para elas se acalmarem, tiro a parte de cima da caixa que é da alimentação e depois retiro os favos, que estão embaixo”, resume.

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Cooperativa faz processo de transformação

Na cooperativa é que os favos, que vêm do produtor, são transformados em produto final. “São sete máquinas ao todo para fazer o processo da centrifugação, separação, até o produto final”, relata o encarregado de produção, Antônio Henrique Schneider. “Primeiro passa por uma mesa em que se tira o lacre da abelha que segura o mel, depois passa na centrífuga e depois é feita a separação das impurezas e da cera”, complementa.

A cooperativa faz a transformação do mel e também de derivados, como melado e própolis. São seis funcionários envolvidos nesse importante processo, do produto que é distribuído para o mundo. “Distribuímos para toda a região, abastecemos os supermercados por aqui, levamos para outros estados e, por meio de parceria com exportadoras, o mel é distribuído para os Estados Unidos, para a China e para o Japão”, acrescenta a gerente da cooperativa, Adiles Rech.