Cotidiano

Mel da região oeste recebe certificação

Santa Helena – O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) acaba de disponibilizar a versão 2017 do Mapa das Indicações Geográficas do Brasil, que atesta a origem e as condições especiais de fabricação dos produtos certificados. Dos quatro itens que entraram para a publicação deste ano, três são do Paraná: as uvas finas de mesa de Marialva, a erva-mate de São Mateus e o mel produzido pelas abelhas da espécie jataí e apis africanizada na região oeste do Paraná.

De acordo com a assessoria de imprensa do IBGE no Paraná, o mel que entrou para o mapa neste ano é da região oeste do Paraná como um todo, e não de uma cidade específica. Isso significa que a região foi reconhecida como centro de extração, produção ou fabricação do produto.

O mapa é fruto de uma parceria do IBGE com o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) e permite que os consumidores tenham informações confiáveis sobre a qualidade e autenticidade dos produtos e serviços adquiridos. Os Selos de Indicação de Precedência e/ou Denominação de Origem também valorizam a cultura local, contribuem para o desenvolvimento e fomentam atividades turísticas.

Ao todo, o Brasil possui 53 Indicações Geográficas Certificadas. Além das que entraram para o mapa em 2017, o Paraná tem ainda outros três produtos certificados: o café verde em grão e industrializado torrado em grão e/ou moído, que entrou na publicação de 2012; o mel de Ortigueira, em 2015; e a goiaba de Carlópolis, em 2016.

Reconhecimento é cartão de visitas

A atividade apícola está sendo encarada como um setor em grande desenvolvimento. O mercado comporta uma demanda crescente pelo emprego e consumo do mel. Há uma lacuna aberta e que o produtor precisa preencher. Isso é o que expressa o consultor e referência no Brasil em apicultura, Robson Raad. A solução aponta para a profissionalização e emprego da tecnologia, fatores, em partes, interligados.

Ao se referir ao reconhecimento da Indicação Geográfica- IG Mel do Oeste, conquistada recentemente e expedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial-INPI, o consultor opina que, a ferramenta é importante como uma espécie de cartão de visitas. Com isso precisa-se um suporte e volume de produção para tornar o IG a validação total do conjunto produtivo e de comércio.

O suporte técnico à atividade é fundamental. Neste quesito há parcerias por intermédio de convênios da Itaipu Binacional, Serviço Brasileiro de apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com a Cooperativa de Trabalho e Assistência Técnica do Paraná (Biolabore), e Cooperativa Agrofamiliar Solidária (Coofamel).