Cotidiano

Meirelles diz que confiança na economia já começou a subir

BRASÍLIA – O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou, nesta quarta-feira, que os índices de confiança na economia brasileira já começaram a subir. Segundo ele, isso foi resultado de ações recentes adotadas pelo governo, como fixar uma meta fiscal realista para 2016 e propor um teto para as despesas públicas. Ao participar de seminário organizado pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), Meirelles afirmou que a deterioração das contas públicas nos últimos anos afetou o humor de trabalhadores, empresários e banqueiros, provocando uma queda da confiança e prejudicando o desempenho da economia. No entanto, segundo ele, isso já começou a mudar:

? Os índices de confiança na economia brasileira caíram sistematicamente nos últimos anos, mas já começaram a subir. Já há uma curva para cima muito forte. Isso significa que estamos no caminho certo. Cabe agora à sociedade e ao Congresso aprovar o controle das despesas. A partir daí poderemos voltar a crescer, fazer concessões ao setor privado e investir mais.

Respondendo às críticas de que o governo tem demorado a anunciar medidas para a retomada do crescimento, o ministro destacou que é preciso eleger prioridades e que o problema fiscal brasileiro está no topo da lista. Ele lembrou que, entre 2007 e 2015, a receita total do governo cresceu 17% acima da inflação, enquanto a despesa cresceu mais de 50%. Isso, afirmou Meirelles, elevou a dívida pública, aumentou as taxas de juros e impactou a confiança:

? Existe uma ansiedade para que ataquemos todos os problemas de uma vez. Mas é importante focar e não dispersar esforços e ficar correndo de um lado para o outro (?) A causa principal (da crise atual) é a queda da confiança que veio da questão fiscal. Por isso, a primeira coisa que fizemos foi dizer a verdade, ser realista com contas públicas. A verdade ilumina, a verdade melhora.

Meirelles disse ainda que, além de propor um teto para os gastos, o governo está trabalhando em medidas para reforçar as receitas. Ele não falou em criação de novos tributos, mas em revisão de regras para melhorar a eficiência da arrecadação.

? De um lado a situação é, de fato, difícil. Por outro lado, o caminho está claro e os índices de confiança dos diversos setores da economia mostram que estamos no caminho certo. Poderemos estar falando de um quadro completamente diferente para a economia mais à frente.

*Estagiário sob supervisão de Eliane Oliveira