NOVA YORK – O ministro da Fazenda Henrique Meirelles disse estar otimista para a votação da PEC que institui um teto para os gastos públicos nesta segunda-feira. Em visita a Nova York, onde se reuniu com investidores, Meirelles descartou a possibilidade de aumentar impostos em 2017, mas disse que a não aprovação do teto levaria a medidas “muito piores para o país”.
? Nós trabalhamos com a hipótese da aprovação da PEC. Não pretendemos ficar discutindo cenários negativos. Acredito que vai ser (aprovada), existe um nível de confiança muito grande no Congresso Nacional e a resposta da população tem sido positiva ? disse Meirelles. ? Está me parecendo que hoje tem grande possibilidade de ser votada.
Perguntado se a não aprovação da PEC levaria a um aumento de impostos, Meirelles disse que ela acarretaria a medidas mais sérias e piores para o país:
? Se não aprovar o teto, aí sim, terão que ser contempladas outras possibilidades, todas muito mais sérias e muito piores para o país que o teto. O teto é uma boa solução, é uma excelente solução para o país neste momento.
O ministro admitiu que, com o teto de gastos públicos em vigor, há a possibilidade de o salário mínimo não ter aumento real caso o governo estoure o orçamento ? o que afetaria a vida de 48 milhões de pessoas.
? Caso o teto seja violado pelo executivo, em algum momento existem a partir daí diversas restrições e uma delas é que o salário mínimo, de fato naquele período, enquanto prevalecer, não pode ser elevado acima de inflação. Agora, evidentemente, espera-se, e é o normal, que no ano seguinte o limite já esteja estabelecido e volta-se à situação normal.
