Cotidiano

Meirelles decide ir a Davos para destacar agenda de reformas do governo

BRASÍLIA – O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, decidiu participar do Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça. Embora tenha considerado não ir ao evento por causa das negociações do acordo de ajuda financeira ao Rio de Janeiro, o ministro acabou optando por ir aos Alpes para algumas reuniões e voltar ao Brasil mais cedo. Ele embarca no fim de semana e retorna na quarta-feira. Na quinta-feira, ele estará em Brasília para a assinatura formal do acordo com o Rio.

Segundo integrantes do Ministério da Fazenda, Meirelles decidiu ao Fórum, que reúne a elite global, para passar uma mensagem de otimismo em relação ao Brasil. Ele falará sobre as reformas encaminhadas ao Congresso e destacará que o presidente Michel Temer conseguiu aprovar rapidamente a proposta de emenda à Constituição (PEC) que fixa um teto para os gastos ? medida crucial para reequilibrar as contas públicas.

Questionado sobre a decisão de Meirelles de ir a Davos num momento de grave crise nos estados, um integrante da equipe econômica explicou que o evento na Suíça é uma oportunidade para o Brasil mostrar seus avanços e se posicionar com player internacional:

? O Brasil tem uma posição importante nos organismos internacionais e nesse tipo de encontro. Ele é um big player e não pode ficar dizendo não para esse tipo de evento. Davos é um evento direcionado ao mundo e é uma chance de o Brasil passar sua mensagem para os investidores externos ? disse ele.

Meirelles vai se reunir com investidores e com grandes empresários. Na agenda do ministro estão encontros com os presidentes do Grupo ArcelorMittal, Lakshmi Mittal, da AT&T, Randall Stephenson, do UBS, Axel W. Weber e do Lloyd´s, John Nelson. Ele também participará da tradicional reunião do Business Interaction Group on Brazil (BIG), onde autoridades do governo brasileiro se encontram com investidores interessados no mercado brasileiro.

Além de Meirelles, estarão no Fórum o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, os ministros do Desenvolvimento, Marcos Pereira, de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.