Cotidiano

Meio-irmão de Kim Jong-un implorou por perdão após tentativa de assassinato em 2012

PYONGYANG ? O meio-irmão de Kim Jong-un, que foi morto na última segunda-feira, implorou pelo perdão do líder norte-coreano em 2012. Segundo deputados sul-coreanos, Kim Jong-nam fez um apelo pela sua vida e pela sua família, depois de ter sobrevivido a uma tentativa de assassinato. Filho mais velho do falecido líder Kim Jong-il, ele era crítico ao regime de Pyongyang e vivia erradicado fora do seu país.

Como primogênito, Jong-nam foi considerado por algum tempo o potencial herdeiro do regime norte-coreano. Mas caiu em desgraça em 2001, quando protagonizou um incidente constrangedor para o regime comunista: tentou, sem sucesso, viajar ao Japão com um passaporte falso, sob a alegação de que desejava visitar a Disneyland.

Desde então viveu de fato no exílio e seu meio-irmão Kim Jong-un assumiu o controle do regime após a morte do pai, em dezembro de 2011. No ano seguinte, agentes norte-coreanos tentaram assassinar Kim Jong-nam, que defendia reformas para a Coreia do Norte, segundo parlamentares sul-coreanos disseram à imprensa após uma reunião a portas fechadas com Lee Byung-ho, diretor do Serviço de Espionagem da Coreia do Sul (NIS).

? Aconteceu uma tentativa de assassinato em 2012 e Jong-nam enviou em abril uma carta a Jong-un na qual escreveu: ?Por favor, poupe a mim e a minha família? ? afirmou Kim Byung-kee, membro da comissão de espionagem do Parlamento. ? Também dizia: ?Não temos para onde ir, sabemos que a única maneira de escapar é o suicídio”.

A família de Kim Jong-nam ? sua atual esposa, a ex-esposa e os três filhos ? vive atualmente em Pequim e Macau, de acordo com outro membro da comissão, Lee Cheol-woo. Eles estão sob proteção das autoridades chinesas.

Kim Jong-nam é o nome mais importante que foi assassinado sob o regime de Kim Jong-Un desde a execução do tio do líder, Jang Song-Thaekm, em 2013. As duas vítimas seriam bastante próximas uma da outra. Além disso, o filho de Jong-nam, Kim Han-sol, chamou em 2012 o tio Kim Jong-un de ditador em uma entrevista para um canal finlandês, quando estudava na Bósnia.