Cotidiano

Média de chuvas na região em 15 dias atinge 1/3 de todo semestre

De janeiro a junho, média é de 886,5 mm; índice de julho representa 30%

Cascavel – Sem conseguir recuperar tudo que foi perdido em junho do ano passado, depois de os níveis dos rios que cortam o Paraná atingirem seu limite e inundar e destruir casas e propriedades rurais, os paranaenses correm sérios riscos de enfrentar mais uma vez a força da natureza. Isso porque a média de chuva na região já atingiu 1/3 de tudo o que choveu em todo o último semestre.

A chuva que caiu sobre os municípios de Cascavel, Toledo, Foz do Iguaçu e Guaíra nessas duas primeiras semanas de julho representa 30,5% do índice pluviométrico registrado no semestre anterior.

De janeiro a junho, a média de chuvas na região foi de 886,5 milímetros, tendo maio como o mês mais chuvoso, com 222,7 milímetros. Segundo o Instituto Tecnológico Simepar, nos últimos 14 dias a média registrada é de 269,5 milímetros.

A chuva forte ou moderada cresceu em julho, provocando inclusive tempestades no inverno, período normalmente de seca. Onde mais choveu no primeiro semestre desse ano foi em Cascavel, que registrou uma média de 940 milímetros. Em seguida está Foz do Iguaçu (902 milímetros), Toledo (895) e Guaíra (809).

O que agravou ainda mais a situação dos paranaenses foi o tornado que atingiu a região Sudoeste do Estado, em Francisco Beltrão e vizinhanças. É a segunda vez que fenômenos dessa natureza atingem o Estado em 18 anos. O primeiro foi em Nova Laranjeiras, em junho de 1997. No Sul e Sudeste do Brasil foram dez tornados nos últimos 24 anos.

Previsão

Segundo o Simepar, a chuva na região Oeste segue até sexta-feira (17), sem riscos de tempestades. A previsão é de que no sábado (18) a chuva cesse então com período de estiagem que vai até a próxima terça-feira (21).

A partir de quarta-feira (22), o Paraná pode enfrentar novamente uma frente fria vinda do Rio Grande do Sul e novos episódios de forte chuva. A preocupação maior é com a elevação do rio Iguaçu, que já está 4,58 metros acima do normal. Há preocupação também com rio Negro.

(Com informações de Marina Kessler)