Cotidiano

Marcos Galvão assume secretaria-geral do Itamaraty

BRASÍLIA – O novo secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, Marcos Galvão, disse nesta quarta-feira que o Brasil tem hoje uma vigorosa democracia. Em discurso na cerimônia de transmissão de cargo, ele comparou a situação atual com a dos tempos de juventude, quando havia no Brasil uma ditadura militar. Ele também fez questão de elogiar o ministro José Serra, que assumiu o posto há 13 dias e estava presente na solenidade.

— Eu conheço, como todos aqui conhecem, sua trajetória. Sua condição inquestionável de uma das maiores personalidades da vida pública brasileira contemporânea. Vivi o começo da juventude nos medíocres anos finais do período autoritário. Jamais imaginei que fôssemos ser a vigorosa democracia que somos hoje, por mais que, por meio dessa mesma democracia, ainda haja muito que corrigir, reformar e avançar — disse Galvão.

Setores contrários ao impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff dizem que houve um golpe contra ela, tese que é refutada pelos partidários do presidente interino Michel Temer. Em seu discurso, Galvão não mencionou o impeachment em nenhum momento.

Antes de se tornar secretário-geral, Galvão foi chefe da delegação brasileira na Organização Mundial do Comércio (OMC), em Genebra, na Suíça. Nos agradecimentos, ele citou o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, que participou dos governos Dilma e Lula. Segundo Galvão, foi Mantega quem lhe confiou a tarefa de atuar na frente econômica e financeira da política externa brasileira. Sérgio Danese, antecessor de Galvão no posto de secretário-geral, será embaixador em Buenos Aires.