Cotidiano

Manifestação em SP defende fornecimento público de remédios

SÃO PAULO ? Cerca de 30 pessoas realizam ato na Avenida Paulista para pleitear o fornecimento público de medicamento para pessoas com doenças graves. O movimento organizador da manifestação, chamado ?STF, Minha Vida Não Tem Preço?, também realiza protestos em outras cidades como Rio, Maceió, Porto Alegre e Recife.

Os organizadores frisam que está nas mãos do Supremo Tribunal Federal dois recursos extraordinários para decidir se o poder público deve arcar com medicamentos de alto custo que não estão incluídos no Sistema Único de Saúde (SUS) e, também, determinar se é obrigação do Estado financiar remédios não autorizados pela Anvisa. No último dia 28 de setembro, o ministro Teori Zavascki pediu mais tempo para estudar a ação, adiando o julgamento.

De acordo com os manifestantes, o adiamento do julgamento ?preocupa pacientes que não podem interromper seu tratamento?. Este é o caso da presidente da Associação Brasileira de Angioedema Hereditário (ABRANGHE), Renata Martins, de 36 anos, que depende de um remédio que custa R$ 7 mil a dose para manter-se viva.

? Depois de toda luta para conseguir um diagnóstico, tenho que enfrentar mais uma luta, o tratamento. Meu medicamento para crise está registrado na Anvisa, porém não faz parte da lista do SUS. E, por isso, até hoje, com a ajuda de muitas pessoas e associações, consigo receber o medicamento através de ação judicial pois é o medicamento de altíssimo custo ? disse Renata, acrescentando que só consegue trabalhar e estudar se tiver o medicamento. ? Sem ele, posso morrer em 5 minutos se não der tempo de chegar ao hospital ? explicou.