Cotidiano

Malásia exige DNA da família de Kim para liberar corpo de meio-irmão

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KUALA LUMPUR ? O governo da Malásia informou que não liberará o corpo do meio-irmão do líder norte-coreano Kim Jong-un se a família não fornecer amostras de DNA. A Coreia do Norte, que pede a devolução do corpo, é contra a autópsia. Kim Jong-nam, crítico do regime liderado pelo irmão, foi morto na segunda-feira enquanto esperava um voo no aeroporto internacional de Kuala Lumpur, capital da Malásia. A Coreia do Sul atribui o crime a agentes norte-coreanos.

Especialistas analisam amostras retiradas do cadáver para determinar a substância tóxica que envenenou Kim Jong-nam.

? Até o momento, nenhum membro da família, ou pessoa próxima, nos procurou para identificar ou reclamar o corpo. Precisamos de amostras de DNA de um membro da família para estabelecer o perfil da pessoa falecida ? declarou Abdul Samah Mat, chefe de polícia do estado de Selangor, onde fica o aeroporto ? A Coreia do Norte fez um pedido para a restituição do corpo, mas antes de entregá-lo precisamos identificar o corpo.

A Coreia do Sul acusa o vizinho do Norte de ser responsável pelo crime e cita uma “ordem permanente” do ditador Kim Jong-un para eliminar seu meio-irmão e uma tentativa frustrada de assassiná-lo em 2012, depois que Kim Jong-nam criticou o regime mais fechado do mundo.

A polícia interroga duas mulheres suspeitas de envolvimento no caso. Uma delas carregava documentos vietnamitas, sob a identidade de Doan Thi Huong, e a outra tinha passaporte da Indonésia, com o nome de Siti Aishah. O namorado de Aishah, o malaio Muhamad Farid Bin Jalaluddin, de 26 anos, também foi detido.

Segundo o ex sogro de Aishah, a jovem de 25 anos era uma mãe em busca de emprego. Ela morava em Jacarta, capital da Indonésia, quando se mudou com o então marido, Gunawan Hasyim, e o filho para a Malásia. Ele contou também que, com o fim do casamento, Hasym voltou para Indonésia com o filho de 7 anos, mas ela continuou na Malásia. Desde então, teria visto o filho apenas uma vez ao ano.

O governo indonésio confirmou que Siti Aishah é uma cidadã indonésia e que diplomatas forneceram ajuda consular.