Cotidiano

Mais vida no trânsito: 2022 começa com redução de acidentes e óbitos em vias urbanas de Cascavel

Em janeiro, o número de sinistros caiu 22,11% e, de menor gravidade, encaminharam menos 17% vítimas aos hospitais

Mais vida no trânsito: 2022 começa com redução de acidentes e óbitos em vias urbanas de Cascavel

O primeiro mês deste ano chegou ao fim sem óbitos por acidentes de trânsito no perímetro urbano, apresentando um balanço mais positivo na segurança viária da nossa cidade. Embora ainda elevado, o número de sinistros caiu 22,11% se comparado com janeiro de 2021, quando 294 acidentes foram lançados no Sistema Bateu/PPTran. Em janeiro deste ano, 229 ocorrências foram registradas.

A estatística mais otimista está relacionada à preservação da vida.   Não há registro de mortes entre os 72 feridos nessas ocorrências, atenuando em 17,24% o encaminhamento de feridos ao atendimento hospitalar. Diferente do ano passado que começou com óbito de um ciclista e um motociclista, além de mais 87 vítimas com ferimentos.

“Quando se analisa estatística de trânsito, duas vidas perdidas para nós extrapolam os números, e causam vários impactos na sociedade, sabendo-se que, em muitos casos, poderiam ser evitadas com a conscientização dos usuários da via pública. A Transitar tem tratado a preservação de vidas no trânsito com muito respeito e responsabilidade, convidando cada um para assumir seu papel nesse processo de mudança comportamental”, enfatiza a presidente da Transitar, Simoni Soares. “Trabalhamos com base no tripé da segurança viária: engenharia, educação e fiscalização e acreditamos que somente um processo de aculturação dos usuários da via pública possibilitará um convivência pacífica no trânsito. A responsabilidade é de todos”, acrescenta.

Motociclistas

A redução da violência no trânsito foi visível em janeiro, entre uma das categorias que mais perdeu vidas no trânsito nos dois últimos anos. O número de sinistros envolvendo motociclistas caiu 20%, passando de 70 para 56, com 9,09% menos feridos e zero mortes.

Em 2020 essa categoria fez parte de uma estatística alarmante no auge da pandemia, com aumento de 145% nos óbitos; embora ainda alto, o dado foi mais positivo no fechamento de 2021, com redução de 27% nas mortes.

“Foram realizadas várias ações, planejadas com base nas estatísticas do Cotrans/PVT – Programa Vida no Trânsito -, com o foco na conscientização dos motociclistas – unindo intervenções de engenharia, ações educativas direcionadas e intensificação de fiscalização, as quais já estão intensificas este ano”, ressalta Simoni Soares, lembrando que esse foco é permanente até que os números sejam ainda mais favoráveis. “O desafio é diário, mas não podemos aceitar esse status de violência no trânsito”, completa.

Demais modais

Também são esperançosas as mudanças constatadas no que diz respeito aos sinistros envolvendo pedestres (queda de 33,33% nos atropelamentos e de 100% em feridos) e redução de 60% no número de acidentes com ciclistas (75% menos vítimas feridas) nessas ocorrências. Igualmente, não há vítimas fatais.

Mudança real

Essa primeira estatística de 2022 segue uma tendência de redução na violência no trânsito que já vem sendo constatada desde o fechamento de 2021, que apresentou índices mais auspiciosos do que o ano anterior, com 12% menos mortes na via pública.

“Sabemos que ainda há muito a ser feito, contudo, estamos no caminho certo, ouvindo a população”, avalia a presidente da Transitar, citando o esforço engajado em favor da vida tanto dos órgãos de trânsito, das forças de segurança pública com a parceria dos veículos de comunicação, do Legislativo e da sociedade, que também contribui com sugestões que fazem um resultado positivo e construtivo do trânsito que a grande maioria deseja.

Secom