Entre um atendimento e outro a manicure Fabiana Amissi improvisa a mamadeira do filho. Por telefone a próxima cliente pede para ser atendida em casa. Isso seria possível se o pequeno estivesse frequentando um Centro de Educação Infantil, mas a falta de vagas impede que a profissional trabalhe fora e por consequência diminui a renda da família. Em Cascavel essa é a realidade de pelo menos 2.740 famílias.
Quando não tem alternativa, Fabiana conta com a ajuda de familiares para que não falte o cuidado básico para o filho. “Fico preocupada o tempo todo e sei que o desenvolvimento dele poderia ser outro. Falta a convivência com outras crianças da mesma idade, professores e com todas as atividades que só a educação formal pode ofertar”, conta a mãe, destacando que o impacto na vida das famílias é grande, mas a previsão de acesso da criança a política educacional é o mais grave.
A Prefeitura de Cascavel, por meio da Secretaria de Educação, disponibiliza no Portal do Município a lista de espera para vagas na Educação Infantil. A divulgação cumpre o previsto na Lei nº 6.598/2016, facilitando o acesso da população à informação sobre a ordem na lista de espera. O material é esperado com ansiedade pelos pais e responsáveis, mas o número não avança junto com a necessidade por novas vagas. Crianças em risco social ou com direitos violados possuem prioridade de vaga.
Seis mil matrículas
A secretária de Educação, Márcia Baldin, declara que os 53 Centros de Educação Infantil contam com quase 6 mil crianças matriculadas. “Estamos o tempo todo realizando esforços para que as crianças sejam atendidas com muita qualidade. Quatro unidades serão edificadas, sendo que duas já estão em processo de licitação”, esclarece.
Reformas
O prefeito em exercício, Jorge Lange, garante que alguns Centros de Educação Infantil serão reformados. “Isso deve gerar novas vagas em pouco tempo. Pedimos que as famílias acompanhem e confiem que estamos concentrados para garantir os recursos necessários’, esclarece.
