A maioria dos consumidores, 57,2%, já encontrou mais de uma vez produtos vencidos nos supermercados. No entanto, apenas 3% denunciou a um órgão de defesa do consumidor ou à vigilância sanitária o problema. Esse foi um dos comportamentos dos consumidores nos supermercados identificados pela pesquisa do Procon Brasil, realizada ontem pelas redes sociais que, em 12 horas, no ar, recebeu 952 respostas.
? O resultado é assustador, pois mostra um cenário muito complicado, já que boa parte dos consumidores não tem o hábito de conferir prazos de validade, nem tampouco a composição dos produtos que adquire. Quando se trata de produtos de higiene pessoal, o número de consumidores que nunca confere os prazos de validade é de 68,3%, o que é realmente preocupante. Quando falamos em composição dos produtos, aproximadamente 47% das pessoas respondeu que nunca lê ? ressalta Cláudia Silvano, presidente do Procon Brasil, entidade que reúne os Procons de todo o país.
Para Cláudia, quanto menos o consumidor fica atento a estas informações, mais vulnerável se torna. Prova disso, diz é a quantidade de relatos sobre produtos vencidos nos mercados.
Segundo os dados da pesquisa, de forma geral, 47,2% disseram verificar quase sempre o prazo de validade dos produtos, 39% sempre e 13,4% nunca. Quando se tratam de frios e embutidos, a preocupação com a validade aumenta, 66,5% dps qie responderam relatam conferir sempre a validade. O número cai, no entanto, quando se trata de carnes, para 55,4%, e mais ainda em produtos de uso intensivo das família brasileiras como arroz, feijão e macarrão, para os quais a validade não passa desapercebida 24,5%. A validade não passa pelas preocupações de 50,8% dos que responderam a pesquisa ao comprar bebidas.
Em relação a composição dos alimentos, os que recebem maior atenção dos consumidores são os enlatados (46%), frios e embutidos (40,5%) e bebidas (28,2%). Cerca de 30% não se preocupam em ler a composição nos rótulos dos produtos.
? A mudança do comportamento do consumidor, denunciando e reclamando sempre que encontrar alguma irregularidade é fundamental para que tenhamos uma mudança de postura e comportamento por parte dos fornecedores também. Não é possível que a vida, a saúde e a segurança do consumidor continuem sendo colocadas em risco com a exposição a produtos impróprios para o consumo nas gondolas do supermercados ? ressalta a presidente do Procon Brasil.
