Cotidiano

Maior número de mortes em 2015 foi causado pelo infarto

AVC e pneumonia são os seguintes no ranking deste primeiro semestre

Cascavel – Ter saúde e viver com qualidade de vida não é exagero dizer, e sim, é realmente o desejo de todos. Contudo, o que você tem feito para ser saudável? Esse questionamento é implacável, uma vez que grande parte só pensa nisso quando a enfermidade chega.

Conforme os dados do SIM (Sistema de Informação sobre Mortalidade), da 10ª Regional de Saúde de Cascavel, de janeiro até junho foram registrados 1.276 óbitos nos 25 municípios de abrangência da região Oeste. Em Cascavel, foram 699 falecimentos.

Dessas perdas de vidas, a maioria foi por conta do infarto agudo do miocárdio, seguida pelo AVC (Acidente Vascular Cerebral), pneumonia, diabetes mellitus e outras doenças pulmonares (veja tabela). No entanto, esses são mais que motivos de mortalidade, na verdade, são as consequências de uma soma de hábitos de uma vida toda.

                                   

Conforme a médica e chefe da Vigilância de Saúde, da 10ª, Lilimar Mori, por exemplo, nunca se tem um infarto sem uma causa anterior, a consequência pode se apresentar agudamente.

“Sedentarismo, automedicação, beber, fumar, uso de drogas, ambiente com degradação familiar e/ou de pressão no trabalho, alimentação desregrada, viver numa área de risco; num meio extremamente violento, os agrotóxicos, tudo isso influencia diretamente na saúde, para diferentes doenças”, pontua.

Segundo ela, ninguém está livre de qualquer agravo, uma vez que não existe pessoa 100% saudável. Os próprios atletas, que são conhecidos por uma vida regrada, por vezes são vítimas de infarto.

“Quando se chega à terceira idade, as coisas se agravam ainda mais, pois a resposta do organismo é mais lenta e a própria capacidade de defesa imunológica fica comprometida. É um desgaste natural”, afirma. No caso do infarto, por exemplo, as principais vítimas de Cascavel foram pessoas na faixa de idade dos 60 e 70 anos. A maioria homens.

A médica ressalta que as nossas escolhas hoje nos trazem consequências a curto, médio e longo prazos.

“A gente é o que faz, o que come, como vive. As escolhas são nossas, temos que pensar o que queremos no futuro: ser uma pessoa com algum dinheiro e cheia de doenças ou é preciso buscar uma vida mais saudável já, se desprender de algumas coisas e ter uma existência mais leve, mais fácil? Infelizmente hoje o consumismo, a ânsia pelo ter faz com que a saúde fique em segundo plano e ela só é valorizada quando não já não há mais”, disse Lilimar Mori.

(Com informações de Crislaine Güetter)