Cotidiano

Maduro pretende acionar judicialmente chefe do Parlamento

201611171901186084_RTS.jpgCARACAS – O presidente da Venezuela Nicolás Maduro anunciou, nesta sexta-feira, que pretende ingressar com uma ação judicial contra o chefe do Parlamento Henry Ramos Allup por “insanidade” e por “instigar o ódio”. De acordo com Maduro, opositores como Ramos Allup vem atacando as mulheres no Parlamento através de “uma linguagem de ódio e violência”. Venezuela – 18.11

– Estou preparando esta ação com um grupo de advogados e juristas que desejam a paz. Este senhor (Ramos Allup) se empenhou em encher este país de violência – declarou Maduro.

A posição de Maduro acontece após uma discussão no Congresso venezuelano, na terça-feira, quando o deputado da oposição Rafael Guzmán dirigiu xingamentos à parlamentar Tania Diáz, do PSUV, partido do presidente venezuelano. As palavras deram origem a uma enorme confusão na Assembleia Nacional, cujo presidente é Ramos Allup, também opositor a Maduro.

A celeuma torna mais distante a possibilidade de se concretizar a resolução da última mesa de diálogo entre governo e oposição na Venezuela, realizada no domingo com mediação do Vaticano. No encontro, representantes de ambos os lados haviam concordado em tentar amenizar as tensões entre os Poderes Executivo e Legislativo – o Parlamento venezuelano é controlado atualmente pela oposição.

MADURO SOLTA PRESO POLÍTICO

Também nesta sexta-feira, familiares de oposicionistas que encontram-se presos na Venezuela pediram à Organização dos Estados Americanos (OEA) que interceda pela libertação dos detidos. Os familiares acusam o governo de usar os presos políticos como moeda de troca nas mesas de diálogo com a oposição.

O pedido ocorreu horas após o governo Maduro libertar um ativista da oposição que estava preso desde 2014. Rosmit Mantilla, solto na noite de quinta-feira, integra o partido de oposição Vontade Popular, do líder anti-governo Leopoldo López, preso há dois anos.

Mantilla, hoje com 33 anos, foi detido em 2014 sob acusação de incentivar protestos violentos contra o governo. Além de liderar lutas contra Maduro, Mantilla é um ativistas em defesa dos direitos de homossexuais.