Cotidiano

Maduro é reprovado por 87,1% da população na Venezuela, diz pesquisa

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CARACAS ? O governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, é negativamente avaliada por 87,1% da população do seu país, segundo uma pesquisa recente da Hercon Consultores. Enquanto Venezuela vive uma grave crise econômica, 79% dos entrevistados disseram que não consideravam Maduro a pessoa adequada para guiar o país e tirá-lo da crise. Oficialismo e oposição travam uma dura guerra política, em que os críticos do presidente trabalham em uma campanha pela sua saída do Palácio de Miraflores. venezuela

? A percepção do trabalho do presidente Maduro como mandatário se move sobre níveis críticos e se reafirma a insatisfação das pessoas ao avaliar o seu governo ? disse o diretor da consultoria responsável pela pesquisa, Marcos Hernández López, ao jornal ?El Nacional?.

Segundo López, a maioria dos venezuelanos não tem expectativas de que a crise vá melhorar e atribui a falta de perspectivas à ausência de ideias de mudança e ao esgotamento do governo de Maduro. Na pesquisa, 83,1% dos consultados disseram que a situação econômica e social do país continuará em maus caminhos.

Recentemente, governo e oposição tentaram se aproximar com negociações para encontrar uma saída política para a crise. No entanto, as conversas frágeis já provocaram tensões e chegaram a ser suspensas. A crise venezuelana inclui a escassez de produtos básicos ? como remédios, itens de higiene e alimentos ? e uma das inflações mais altas do mundo.

Para 77,4% dos entrevistados, no entanto, esta foi uma proposta do governo para ganhar tempo e evitar a realização de um referendo revogatório. A oposição pressiona por uma consulta popular que poderia encurtar o mandato de Maduro, com uma dura campanha se estendeu ao longo de vários meses. E 65,4% dos consultados opinou que é possível uma saída eleitoral para resolver a crise econômica e política.

Para o estudo, foram entrevistdos 1,3 mil eleitores de todos os estratos sociais em suas próprias casas entre os dias 15 e 30 de novembro deste ano. O nível de confiança da pesquisa é de 95%.