Cotidiano

Maduro ameaça Trump: 'Se nos agredirem, não ficaremos calados'

CARACAS – O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, subiu o tom contra os EUA e disse “não querer problemas” com o governo do presidente Donald Trump, após o Departamento do Tesouro incluir o vice-presidente Tareck El Aissami em uma lista negra do narcotráfico.

? Se nos agredirem, não ficaremos calados. A Venezuela vai fazer barulho, e vai fazer muito barulho. O imperialismo chegou a um nível de desprestígio jamais visto ? declarou Maduro em um ato público. conteúdo aissami

O governo venezuelano protestou nesta terça-feira contra as sanções que El Aissami sofreu, exigindo desculpas públicas do governo americano. Ele é investigado pelas autoridades americanas há anos por suspeita de participação em tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, acusações que ele nega.

Aissami qualificou a punição de ?agressão imperialista? e prometeu continuar no governo para recuperar a economia em crise do seu país.

?A verdade é invencível e veremos como se desvanece esta infame agressão?, disse Aissami em sua conta do Twitter, após garantir que mantinha sua moral, convicção anti-imperialista e consciência chavista intactas.

? É uma agressão que a Venezuela responderá com equilíbrio e contundência ? afirmou Maduro, acrescentando que pediu à Chancelaria que envie uma nota de protesto a Washington e exija que o governo americano “se retrate e peça desculpas públicas” ao vice presidente.

Na segunda-feira, as autoridades americanas anularam o visto do vice venezuelano, confiscaram suas propriedades nos Estados Unidos e o proibiram de realizar transações financeiras ou comerciais com instituições do país. As acusações vêm da época em Aissami ainda era ministro, a partir de investigações das promotorias de Miami e Nova York. Já o diário espanhol ?ABC? escreveu, em 2015, que Aissami, de origem sírio-libanesa, se reuniu em 2013 com Ghazi Nasr al-Dine, terrorista do grupo radical Hezbollah.