Cotidiano

Lucro do Facebook supera expectativas do mercado, a US$ 6,44 bi

SÃO FRANCISCO – O resultado financeiro do Facebook com relação à receita do segundo trimestre superarou as projeções de analistas de mercado, impulsionado principalmente pelas vendas de anúncidos em vídeos e no Instagram. O Facebook registrou 1,71 bilhão de usuários mensais, mais do que 1,65 bilhão relatado no trimestre anterior. O volume de usuários diários subiu para 1,13 bilhão.

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O rendimento total aumentou 59,2%, para US$ 6,44 bilhões, informou a empresa em comunicado nesta quarta-feira. A projeção média de analistas era de US$ 6,02 bilhões. A receita líquida atribuível a acionistas do Facebook subiu para US$ 2,05 bilhões, ou US$ 0,71 por ação, no segundo trimestre. No mesmo período do ano passado, o resultado foi de US$ 715 milhões, ou US$ 0,25 por título. Excluindo itens, a companhia lucrou US$ 0,97 por ação. Em média, os analistas esperavam um resultado de US$ 0,82 por papel, segundo a Thomson Reuters.

A companhia gerou 84% do faturamento a partir da publicidade para dispositivos móveis no trimestre, ante avanço de 76% no mesmo período do ano passado. A receita total por anúncios subiu 63%, a US$ 6,24 bilhões, acima da previsão média de US$ 5,8 bilhões do mercado.

O Facebook é uma das empresas que mais arrecada com a decisão de anunciantes de migrar da televisão para a internet e plataformas móveis. A empresa tem aumentado sua presença no mercado audiovisual móvel, onde o Snapchat e o YouTube têm forte participação.

A empresa também está pedindo aos anunciantes para experimentar o Facebook Live, serviço de transmissões ao vivo da rede social lançado recentemente. O Facebook informou que cerca de 1,71 bilhão de pessoas usaram o site até 30 de junho, forte alta frente aos 1,49 bilhão no ano anterior.

As ações da companhia subiram 6,7% nas operações após o encerramento regular do mercado. No fechamento da Bolsa de Nova York, as ações estavam cotadas a US$ 123,34, o que representa uma alta de 1,8%. No ano, os papéis acumulam avanço de 18%.

O fluxo constante de receita permite que o diretor executivo da empresa, Mark Zuckerberg, fortaleça os investimentos em iniciativas mais futuristas, como ampliar o acesso mundial à internet e projetos de realidade virtual. Para consolidar sua capacidade de atuar em projetos de longo prazo, o CEO recentemente mudou a estrutura participativa da companhia para conquistar maior controle de voto na empresa, mesmo que precise vender parte de suas ações.

A empresa, que começou como a operadora da maior rede social, agora é dona de um portfólio de aplicativos móveis populares, como o WhatsApp, Messenger e Instagram. Todas elas têm mais de 1 bilhão de usuários, exceto pelo Instagram, que tem meio bilhão. O Facebook ainda não tentou lucrar sobre o Messenger ou WhatsApp, o que indica que a participação da companhia no mercado anunciante poderia crescer ainda mais.