Cotidiano

Líderes pressionam e vão para o “tudo ou nada”

Se desapropriação não for assinada em uma semana, projeto volta para a gaveta

Cascavel – Processo burocrático encerrado, documentos, projetos prévios, levantamentos e avaliações do Estado concluídos e agora as entidades de classe e líderes regionais vivem uma semana decisiva quando o assunto é a desapropriação da área para a acomodação do Aeroporto Regional do Oeste, entre os municípios de Toledo, Cascavel e Tupãssi, no Distrito de Espigão Azul.

Segundo o presidente da Acic (Associação Comercial e Industrial de Cascavel), Edson Vasconcellos, se a rubrica da governadora Cida Borghetti não for dada no projeto até terça-feira da próxima semana, ele deverá adormecer novamente e voltar para a gaveta, tendo em vista as limitações legais e o calendário eleitoral já vislumbrando as eleições de outubro próximo.

A governadora disse ao Jornal O Paraná semana passada que parte desse assunto estaria concluída até o fim deste mês e, em entrevista ao vivo à Rádio Independência, ela reforçou que os valores estão disponíveis no orçamento e garantiu que não há impedimentos.

Por esse e outros motivos, o setor produtivo do oeste e articuladores políticos acreditam na liberação imediata da verba: “Esperamos com ansiedade por isso, mas decidimos que só vamos fazer um evento quando houver o posicionamento da governadora de que vai assinar a desapropriação. Acreditamos que isso possa ocorrer nos próximos dias”, completou Vasconcellos.

Segundo o presidente da Acic, ontem foram encerrados todos os processos documentais. “Foram levantados todos os documentos, o trabalho pesado acabou. Uma equipe do Estado esteve na área, fez avaliação e todos os documentos estão na mão, seguindo o que precisa seguir”, destacou, ao reforçar que o encaminhamento que dependia de líderes regionais foi finalizado.

O processo prevê a desapropriação de cerca de 70 hectares da área e a estimativa mais recente prevê R$ 20 milhões para a desapropriação.

O decreto de área de utilidade pública do sítio aeroportuário segue em mais de 800 hectares, tendo em vista uma futura ampliação do projeto e limitar edificações no entorno.

Nesse momento, POD (Programa Oeste em Desenvolvimento), Caciopar, G8 – que reúne as oito maiores e principais entidades da região -, Conselho de Desenvolvimento de Cascavel e Associações Comerciais pressionam para a aceleração do processo.