Cotidiano

Líder do governo defende sucessão rápida para presidência da Câmara

BRASÍLIA – O líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), defendeu nesta quinta-feira uma sucessão rápida para a presidência da Câmara, após a renúncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ele defendeu que a eleição ocorra na próxima segunda-feira para que seja possível ainda votar projetos de interesse do governo na próxima semana, antes do recesso branco. Os líderes se reunirão às 17 horas para debater um cronograma para a sucessão.

— Esperamos que seja da forma mais rápida possível. O regimento fala em até cinco sessões, mas nós esperamos que os líderes e o presidente interino Waldir Maranhão (PP-MA) entendam a importância disso para termos estabilidade e para a pauta do governo, que é a do país — disse Moura.

Ele afirmou que há “entre oito e dez candidatos” na base do governo. Garante que não haverá interferência do Palácio do Planalto, mas disse esperar que se chegue a um consenso na base aliada. Moura nega ainda que o governo tenha qualquer interferência na renúncia de Cunha. Disse também não haver acordo para salvar o mandato de Cunha. Recusou-se, no entanto, a dizer se votará pela cassação do colega, de quem é aliado próximo.

A ideia do governo é tentar mais uma vez na próxima terça-feira votar a urgência do projeto que trata da dívida dos estados. Na sessão dessa quarta-feira, o governo foi derrotado porque faltaram quatro votos para dar a tramitação especial à matéria.