Cotidiano

Líder do Estado Islâmico fala em vitória e convoca resistência de combatentes em Mossul

201610311425037510_AFP.jpgBAGDÁ ? O líder do grupo Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, convocou seus combatentes a resistirem à ofensiva das forças iraquianas contra Mossul – segunda principal cidade do país -, insistindo em que permaneçam na cidade onde o EI declarou, há dois anos, a criação de um “califado”.

? Não se retirem ? diz uma voz apresentada como sendo a do líder extremista, em uma mensagem de áudio divulgada nesta quinta-feira pela Al-Furqan Media, uma agência afiliada ao grupo.

? Manter-se firme com honra é mil vezes mais fácil do que se retirar com vergonha ? teria declarado al-Baghdadi, em sua primeira mensagem em mais de um ano, pedindo também que os combatentes do Estado Islâmico invadam a Turquia. Não foi possível confirmar a veracidade da gravação de 31 minutos.

A última mensagem do líder jihadista foi divulgada em dezembro de 2015, uma gravação de áudio na qual ele assegurou a seus seguidores e simpatizantes que os ataques aéreos da Rússia e da coalizão liderada pelos Estados Unidos não tinham enfraquecido o grupo na Síria.

? A todo o povo de Nínive, especialmente os combatentes, eu lhes digo que tenham cuidado com suas fraquezas na hora de enfrentar o inimigo ? completou Al-Baghdadi, referindo-se à província que tem Mossul como capital.

Em outubro, com apoio da coalizão e de seus aviões, as forças iraquianas lançaram uma grande ofensiva contra Mossul. Não se sabe o paradeiro do líder do EI, e há informações contraditórias sobre sua saúde e seus movimentos.

Em junho de 2014, poucos dias depois de os extremistas terem assumido o controle de várias regiões no Iraque, Al-Baghdadi fez uma de suas poucas aparições públicas em Mossul e anunciou a criação de um “Estado” islâmico com partes do Iraque e da Síria.

Desde o ano passado, o “califado” foi perdendo terreno e, esta semana, as forças iraquianas chegaram a Mossul, principal reduto do Estado Islâmico no Iraque. A coalizão liderada pelos Estados Unidos avalia em algo entre 3.000 e 5.000 o número de combatentes do grupo nessa cidade.