Cotidiano

Lágrimas de dor

Pais, familiares e amigos se uniram ontem em uma mesma voz de protesto pedindo por justiça e punição para quem matou Jaqueline e Ricardo. Com faixas e cartazes, uniram sua dor, rezaram e choraram de saudades e revolta.

Em janeiro de 2016, na BR-277, Ricardo Pereira Aparecido perdeu a vida após ser atropelado por um Fusca, cujo condutor fugiu do local e se apresentou à polícia dias depois. O motorista pagou fiança de R$ 1,9 mil e responde ao processo em liberdade. Não há data para julgamento.

Jaqueline Fernandes Pereira completaria 28 anos ontem. Ela morreu em um acidente na BR-467, perto de Cascavel, no dia 24 de setembro. O condutor do veículo que teria provocado o acidente não a socorreu e fugiu do local. Ele se apresentou à polícia dias depois e também responde em liberdade.

Quem acompanhou o protesto se emocionou com a dor dos pais e amigos. Eles se abraçavam, na tentativa de consolar um ao outro.

Os manifestantes caminharam desde a Catedral Nossa Senhora Aparecida, onde ocorria a 65ª Festa da Padroeira, até a sede da 15ª SDP (Subdivisão Policial de Cascavel). O grupo ficou em frente à delegacia por algum tempo, deu as mãos, orou, chorou. Pediu para conversar com o delegado de plantão, mas nem mesmo foi recebido.

O grupo encerrou a manifestação com um minuto de silêncio em homenagem a Jaqueline e Ricardo.

Mais detalhes

Ricardo Pereira morreu atropelado no primeiro dia do ano passado. Como o condutor do Fusca fugiu, o jovem foi encontrado às margens da rodovia já sem vida. As câmeras de segurança da Ecocataratas ajudaram a identificar o carro e o condutor se apresentou dias depois.

Jaqueline estava de moto quando foi atingida por um Astra na BR-467, dia 24 de setembro. Com a força do impacto, a motocicleta foi jogada para o canteiro central. Os ocupantes do carro fugiram a pé. O Siate foi acionado, mas quando chegaram ela já estava sem vida. Como o veículo ficou no local, o condutor se apresentou dias depois.