Cotidiano

La Niña se dissipa e abre espaço para volta do El Niño

La Nina

WASHINGTON ? O fenômeno climático La Niña, que consiste no resfriamento das águas do Oceano Pacífico, já se dissipou, informou nesta quinta-feira o Centro de Previsão do Clima da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA, na sigla em inglês). O fenômeno durou apenas quatro meses, e está entre os mais fracos e curtos já registrados, apesar de ter ocorrido após um poderoso El Niño.

A La Niña resfria partes do Pacífico na região equatorial, alterando os padrões climáticos em todo o mundo. Normalmente, este fenômeno é mais longo que o El Niño, persistindo por mais de um ano. Mas desta vez, ele foi detectado em outubro do ano passado, e se dissipou eu janeiro, com o retorno da temperatura das águas aos níveis normais.

? Apesar de ter sido fraco e curto, ela deixou impactos ? disse Mike Halpert, climatologista da NOAA em entrevista à Associated Press, ressaltando o frio extremo no Alasca, oeste do Canadá e norte dos EUA em dezembro e janeiro.

Segundo Mike Wallace, cientista atmosférico da Universidade de Washington, normalmente fortes El Niños, como o que aconteceu no ano passado, são seguidos por poderosas La Niñas, o que não aconteceu desta vez. Com a dissipação do fenômeno, o Pacífico retorna à ?condição neutra?, mas é possível que o El Niño retorne.

De acordo com o pesquisador da NOAA, muitos modelos computacionais apontam para a formação de um El Niño no fim deste verão ou no início do outono no Hemisfério Norte. Um El Niño, seguido por uma La Niña, voltando para um El Niño em três anos é algo extremamente raro. Segundo Halpert, isso só aconteceu uma vez, na década de 1960. Entretanto, ainda é cedo para fazer previsões.

? No jogo das previsões você precisa de sinais fortes ? disse Wallace.