Policial

Justiça Federal ouve testemunhas da morte de psicóloga de presídio

Cascavel – Mais de um ano depois da morte da psicóloga Melissa Almeida, que atuava no Presídio de Segurança Máxima de Catanduvas, a Justiça Federal em Cascavel deu início ontem à primeira audiência sobre o caso.

Em frente ao prédio em Cascavel, um forte esquema de segurança foi montado para garantir a integridade das testemunhas e das autoridades federais presentes nos depoimentos. Diversas viaturas da Polícia Federal estavam em frente ao prédio e a Avenida Tancredo Neves chegou a ser bloqueada.

A movimentação foi intensa no local com chegada de testemunhas e da PF, no início da manhã, mas ninguém deu entrevista, por questão de segurança.

Informações levantadas pela reportagem do Jornal O Paraná dão conta de que 26 pessoas estavam na lista para serem ouvidas ontem, sendo 21 depoimentos presenciais e cinco por videoconferência.

Das cinco pessoas já presas pelo crime, apenas uma mulher, que está detida na cadeia pública de Corbélia, foi trazida para acompanhar os depoimentos. Outras nove pessoas serão ouvidas hoje.

Estão previstos dois dias de depoimentos. Depois será aberto para alegações finais e então decidido se os réus serão submetidos júri popular ou não.

O crime

A psicóloga atuava no Presídio Federal de Catanduvas e teve a morte planejada por membros do PCC (Primeiro Comando da Capital). Ela foi a terceira agente de presídio federal vítima da facção criminosa, a segunda em Cascavel. Melissa foi morta em 25 de maio do ano passado em frente de casa e o marido dela também foi alvejado, mas resistiu aos ferimentos e conseguiu reagir, atirando nos bandidos.

Melissa tinha um filho, na época, com dez meses.

Outro agente penitenciário federal morreu em Mossoró (RN). E, em setembro de 2016, em Cascavel, o agente Alex Belarmino foi morto em uma emboscada armada pelo PCC.