DETROIT ? Michigan deve começar nesta segunda-feira a recontagem de seus votos nas eleições à presidência ao meio-dia (horário local), segundo determinou um juiz federal em uma ordem emitida na noite anterior. A data de início poderia aumentar as possibilidades de que a recontagem termine antes que vença o prazo de 13 de dezembro.
Em seu veredicto na madrugada desta segunda-feira, o juiz Mark Godsmith rejeitou uma iniciativa de autoridades do estado para atrasar a recontagem de cerca de 4,8 milhões de votos.
A candidata à presidência pelo Partido Verde, Jill Stein, tachou de inconstitucional uma lei que requer um recesso de ao menos dois dias antes da ação final da Junta de Solicitantes sobre uma petição de recontagem. Goldsmith determinou que Jill Stein havia “demonstrado a probabilidade de dano irreparável” se fosse adiada a recontagem em dois dias, e rejeitou os argumentos do estado sobre o custo para os contribuintes que supõe o processo.
O republicano Donald Trump derrotou a democrata Hillary Clinton em Michigan por 10.704 votos, ou 0,2%. Jill Stein recebeu em torno de 1% dos votos.
O secretário de justiça republicano Bill Schuette, a campanha de Trump e várias plataformas independentes de apoio a candidatos apresentaram demandas separadas pedindo aos tribunais estatais que demorem a recontagem, alegando que Jill Stein, como quarta classificada nas eleições, não se vê “prejudicada” porque não tem possibilidades de ganhar em uma recontagem.
O Partido Verde também pediu recontagens na Pensilvânia e Wisconsin. Jill Stein alegou, sem oferecer provas, que as irregularidades nos três estados apontam para uma possível manipulação de votos, que poderia ter sido por meio de um ciberataque complexo e bem coordenado.
As autoridades eleitorais nos três estados, em que Trump venceu por uma estreita margem, expressou confiança em seus resultados. Mesmo com a recontagem nos três estados, não se esperava que nenhum obtenha votos suficientes para Hillary Clinton ganhar as eleições.
