Cotidiano

Judiciário e sociedade estão de luto com morte de Teori, diz Cármen Lúcia

BRASÍLIA – A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, lamentou na noite desta quinta-feira a morte do ministro Teori Zavascki, que faleceu em um acidente de avião em Paraty (RJ). Ela disse que o Judiciário e a sociedade brasileira estão de luto e informou que irá a Porto Alegre, onde será o velório. O corpo irá direto para cidade, onde moram os filhos de Teori, e não será velado no STF. Em relação ao futuro dos processos da Operação Lava-Jato, que eram relatados pelo ministro, Cármen Lúcia preferiu não fazer comentários.

– Nós estamos profundamente consternados, podem imaginar, como seres humanos, (com a perda) de uma pessoa muito especial, que é o ministro Teori. Um juiz exemplar. Um amigo super afetuoso, leal, digno. É uma perda humana, uma perda cívica, uma perda para o Judiciário brasileiro e para a sociedade brasileira – disse a ministra em entrevista, acrescentando:

– Somos solidários com a família. O Supremo se ressente e vai ressentir sempre da perda de um juiz como esse.

Ela informou que está em contato permanente com a família de Teori desde que soube da notícia, pela tarde. Cármen Lúcia estava em Belo Horizonte, de onde seguiria para o interior de Minas Gerais para visitar o pai, mas retornou a Brasília depois de ser informada da morte do ministro. Ela não definiu quando irá para Porto Alegre, uma vez que não sabe ainda detalhes do velório.

– Vai ser em Porto Alegre, a pedido da família e por decisão da família, que evidentemente o Supremo acata. Não só acata, como dá todo o suporte, tudo o que for necessário. O diretor-geral do Supremo já está no Rio exatamente para acompanhar, adotar os procedimentos necessários, para que a família não precise ter esse estresse mais com esses procedimentos burocráticos que são necessários. O Supremo está do lado da família. Eu acho que o Judiciário brasileiro todo hoje está todo enlutado. Acho que sociedade brasileira hoje tem um luto para cumprir – afirmou Cármen Lúcia.

Sobre o futuro da Lava-Jato, ela disse:

– Não estudei nada por enquanto. A minha dor é humana, como tenho certeza que é a dor de todo brasileiro por perder um juiz como esse.