Cotidiano

Jô Soares dedica programa a Domingos Montagner

RIO – Domingos Montagner será homenageado no “Programa do Jô” desta terça-feira, dia 20. O ator, morto na última quinta-feira, dia 15, será citado pelo apresentador logo na abertura do programa. ?Eu sou a vida incessante que corre nas águas do rio?. Com esse verso, Jô Soares acrescenta às palavras de Mary Elizabeth Frye, no poema ?Não chore à beira do meu túmulo?, a sua homenagem ao ator que interpretou o Santo de “Velho Chico”.

Pela primeira vez na atração, a atriz Selma Egrei, colega de elenco de ?Velho Chico?, comenta como está o clima após a fatalidade. ?É muito difícil de entender e de aceitar. Foi muito repentino e absurdo?, lamenta.

O apresentador também destaca que estava à procura de uma brecha na agenda de Domingos para convidá-lo a participar do talk show. ?Esse trabalho me chamou muito a atenção. Quando vi uma cena dele na novela, ele me lembrou muito o Juca de Oliveira mais novo?, conta Jô.

Além de abordar a morte repentina de Domingos, a conversa com Selma também passa por sua personagem em ?Velho Chico?, Dona Encarnação, que completou 100 anos na trama. Selma revela curiosidades da caracterização, como o truque da aplicação de látex na pele, para delimitar e criar novas rugas. A atriz também relembra a carreira, que inclui diversos trabalhos no cinema e, principalmente, no teatro. Entre os grandes amigos e inspirações, o diretor Antônio Abujamra é responsável pelo retorno de Selma às artes cênicas após 10 anos afastada para estudar terapia ocupacional: ?Abu foi meu mestre no teatro. Tive o privilégio de conviver com ele e disse que só voltaria a atuar quando ele voltasse a dirigir no teatro?.

Assim, um dia, Selma conta que recebeu uma ligação do amigo e o convite de retornar aos palcos. ?Não sou de projetos, aguardo o que a vida vai trazer?, compartilha.

O segundo entrevistado da noite é o médico otorrinolaringologista Rodrigo Oliveira Santos. Especialista em cirurgia de cabeça e pescoço, o professor da Escola Paulista de Medicina realizou em abril uma viagem ao Benin, na África, para realizar operações em adultos e crianças que moram no país, e conta como foi a experiência. Acompanhado de uma equipe de 20 profissionais, o grupo custeou a viagem e o material cirúrgico com a venda de rifas. Uma das dificuldades para o médico foi, além da infraestrutura precária no local, a comunicação com os pacientes. Por isso, tradutores auxiliaram os profissionais durante os procedimentos cirúrgicos.