Cotidiano

Jean Wyllys denuncia à PF grupo que ameaça defensores da causa LGBT

jean-wyllysBRASÍLIA ? O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), cobrou, nesta quarta-feira, em audiência com o diretor-geral da Polícia, Leandro Daiello, providências para coibir a ação nas redes sociais de grupos homofóbicos contra ele e outras pessoas que se posicionaram contra o atentado a uma boate LGBT em Orlando, Estados Unidos, no qual foram mortas 50 pessoas. Segundo Wyllys, existe um grupo de pessoas que atua de forma conjunta para fazer ataques nas redes sociais, não apenas com injúrias homofóbicas, mas também com ameaças de morte e vazamento de dados pessoais: endereços, CPFs, telefones e nomes de familiares.

? Desde o o atentato de Orlando recebemos denúncias de várias pessoas com ataques às suas redes sociais. São redes mafiosas que agem difamando, injuriando, ameaçando de morte e divulgando dados pessoais meus e de outras pessoas que defendem a causa LGBT. Levantamos dados, identificamos muitos perfis e entregamos à PF. São ações alimentadas por figuras chaves, figuras públicas ? disse Jean Wyllys, sem dizer quem são essas figuras públicas.

Segundo Jean Wyllys, esse tipo de ataque já vinha sendo feito antes às suas redes sociais e ele já havia entregue informações à PF há alguns meses, mas ainda não tinha recebido informações sobre o andamento das investigações feitas pela PF. Daiello, no encontro, disse ao deputado que pedirá informações sobre o resultado das investigações para repassá-las a ele. Jean Wyllys afirma que é preciso combater atitudes fundamentalistas, lembrando do massacre em escola no bairro de Realengo, no Rio, em 2011.

? O homem que matou 12 meninos em Realengo, em 2011, era um dos integrantes dessa rede de ódio que denunciamos. Outros foram presos à época, um de Brasília e um de Curitiba, mas já foram soltos. Pode ser que muitas dessas ameaças de morte sejam feitas apenas pela satisfação de ver a pessoa com medo, mas podermos ter entre esses que ameaçam um maluco capaz de colocar isso em prática. É preciso coibir esse tipo de atitude antes que vire um problema mais sério ? afirmou jean Wyllys.

No encontro, o deputado do PSOL quis informações sobre a atuação da PF no caso do conflito entre índios Guarani Kaiowá, no Mato Grosso do Sul. Jean Wyllys entregou a Daiello nota de repúdio das organizações de direitos humanos e do Conselho Missionário Indigenista (Cimi). Daielle ficou de dar informações, nesta quinta-feira, sobre o que está sendo feito no local.