Cotidiano

Janot reconhece lentidão dos inquéritos da Lava-Jato no STF

BRASÍLIA – O procurador-geral reconheceu nesta terça-feira a lentidão dos inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) que investigam políticos citados na Lava-Jato. Autoridades com foro privilegiado são investigadas desde março de 2015, quando os primeiros inquéritos foram abertos a partir das delações premiadas do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Um grupo de trabalho na PGR atua nos inquéritos desde então.

? É o ritmo de tribunal. Tribunal não foi feito para formar processo, tribunal foi feito para julgar recurso. Quando você inverte a lógica, fica mais lento, mesmo. Mas o Supremo tomou todas as providências para melhorar, jogou para as turmas ? disse Janot.

Quase 40 inquéritos da Lava-Jato estão em curso no STF, investigando as mais diferentes autoridades, da ex-presidente Dilma Rousseff, suspeita de obstrução da Justiça, aos caciques do PMDB no Senado, suspeitos de se beneficiarem de propina a partir de desvios de contratos de estatais. Até agora, o STF converteu apenas três processos em ações penais, em que os investigados passaram à condição de réus. Ninguém foi condenado até agora.

O Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF), presidido por Janot, prorrogou por mais um ano o funcionamento da força-tarefa em Curitiba. A prorrogação vale a partir de 8 de setembro, o que significa que a Lava-Jato prosseguirá pelo menos até 8 de setembro de 2017.