Política

Itaipu vira protagonista de obras reivindicadas há décadas

Silva e Luna completa dois anos de gestão e marca novo ciclo socioeconômico para o Paraná

foto: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional
foto: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional

Foz do Iguaçu – A gestão do general Joaquim Silva e Luna na Itaipu Binacional, que completa dois anos no dia 26 de fevereiro, marca um novo protagonismo da usina, agora responsável por viabilizar parcerias com os governos federal, estadual e prefeituras da região para obras essenciais capazes de mudar o status do Paraná e, em especial, o da região oeste.

Nesse curto período, Itaipu fez e anunciou tudo o que era reivindicado havia muitos anos pela região, mas que ficou muitas vezes apenas em vagas promessas.

Inclui-se nesse “tudo” a construção de uma nova ponte entre o Brasil e o Paraguai, que vai mudar a logística da fronteira; a transformação do Aeroporto de Foz do Iguaçu, que terá condições de ser um hub do Mercosul; e a futura duplicação da rodovia mais importante para o turismo do Município, a BR-469, que dá acesso às Cataratas do Iguaçu.

A transformação do oeste paranaense começou com a reestruturação da própria administração de Itaipu, que se pautou numa política de austeridade e transparência. O redirecionamento de recursos, antes aplicados sem aderência à própria missão da usina, possibilitou investimentos de R$ 2,5 bilhões em iniciativas que vão mudar o perfil socioeconômico do oeste paranaense e de outras regiões, com resultados imediatos na geração de empregos, num momento em que a economia ainda está sob os efeitos provocados pela pandemia da covid-19.

Usina do futuro

Nomeado em 21 de fevereiro de 2019, já de início o general Silva e Luna mostrava a que vinha. Cinco dias depois da nomeação, na sua posse, em 26 de fevereiro, o novo diretor-geral brasileiro de Itaipu pensava em como seria a usina do futuro. Para isso, precisava trabalhar com planejamento e transparência, além de evitar desperdícios e gastos desnecessários. Uma de suas primeiras medidas foi trazer todo o comando da usina para Foz do Iguaçu, dando exemplo pessoal, ao se mudar para a cidade.

Logo a seguir, unificou em Foz todo o corpo de empregados, com a extinção dos escritórios de Curitiba e Brasília. O mapeamento e a identificação de sombreamentos de ações e iniciativas internas exigiu mudanças significativas, que otimizaram o trabalho das várias áreas, com menos dispêndios e mais eficiência.

Com o apoio de uma equipe totalmente comprometida e motivada, foi iniciado então o planejamento das ações de Itaipu, alinhadas com os objetivos estratégicos da usina.

A atividade-fim de Itaipu é a geração de energia, com entrega contratada de 75 milhões de megawatts-hora por ano para os sistemas elétricos do Brasil e do Paraguai. Sua missão, no entanto, é contribuir para o desenvolvimento econômico e social dos dois países sócios do empreendimento: Brasil e Paraguai.

Obras

Aqui houve a grande mudança de percepção do que era importante para garantir o desenvolvimento regional: investir em obras que deixassem um legado para a população. Para isso, a margem brasileira suspendeu todos os convênios e as ações que não faziam parte da missão e valores da empresa.

Toda e qualquer ação precisaria ter métrica e resultado, sobretudo com economia de recursos para redirecionar investimentos que pudessem ajudar na melhoria do bem-estar da vida das pessoas.

O foco passou a ser grandes obras reivindicadas pela população, algumas sonhadas há mais de 30 anos, sem perder de vista o emergencial e permanente, como aportes e convênios em ações de ajuda humanitária, campanhas contra a dengue, capacitação de guias de turismo e repasse de recursos para hospitais, entre outras. Mas sem promessas em vão. A cada anúncio, entrega garantida.

Aos poucos, dentro e fora da usina essa reestruturação podia ser vista. Em consonância com as diretrizes do governo do presidente Jair Bolsonaro, e graças também à boa relação institucional com o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, e com as prefeituras de Foz do Iguaçu e do oeste paranaense, Itaipu imprimiu uma marca: uma usina de entrega de obras concretas e ações sociais.

Confira a lista das principais obras de Itaipu em execução:

  • Segunda ponte entre Brasil e Paraguai
  • Implantação do trecho de 46,9 km da rodovia BR-487 (Estrada da Boiadeira)
  • Duplicação da rodovia BR-469 (Rodovia das Cataratas)
  • Obras de acesso 2ªBR/PY (BR 277)
  • Duplicação do contorno oeste de Cascavel (BR-163)
  • Duplicação da BR-277 – Trecho PRF/Ferroeste
  • Implantação de contorno de Guaíra
  • Obras no Hospital Ministro Costa Cavalcanti
  • Ampliação da pista do Aeroporto de Foz do Iguaçu
  • Revitalização da ponte Guaíra
  • Estrada Santa Helena-Ramilândia (26 km)
  • Segunda sede do BPFron em Guaíra
  • Iluminação viária de 21 km da BR-277
  • Duplicação do acesso ao Aeroporto de Foz e ao Pátio de Manobras (Infraero)
  • Construção do Mercado Municipal
  • Ciclovia na Vila A
  • Segunda fase da ciclovia na Tancredo Neves
  • Pista de atletismo em Foz
  • Revitalização do Centro Náutico de Guaíra
  • Projeto Beira Foz
  • Construção do Hemonúcleo de Foz
  • Laboratório de Medicina Tropical de Foz
  • Revitalização do Gramadão da Vila A, em Foz
  • Estudo de Viabilidade Técnica Econômica (Ramal Trimodal) Cascavel-Foz
  • Centro Integrado de Polícias de Foz
  • Revitalização do Porto Internacional de Guaíra
  • Reforma da Delegacia da Mulher/Turista/Instituto de Identificação, em Foz
  • Nova sede da Fibra

Revolução no relacionamento

Os empresários de Foz do Iguaçu, por meio das associações que representam os vários setores de atividades, em especial o turismo, são unânimes: a gestão de Silva e Luna representa um marco na história do relacionamento entre a usina de Itaipu e os municípios da região.

O secretário municipal de Turismo de Foz, Paulo Angeli, considera que a administração do general Silva e Luna “foi uma revolução no relacionamento de Itaipu com a região, consertando erros históricos”.

O empresário Danilo Vendruscolo, presidente do POD (Programa Oeste em Desenvolvimento), afirma que a atuação do general no comando de Itaipu deve ser utilizada “como referência por todos os gestores públicos do País, em busca da excelência e da boa aplicação dos recursos, gerando benefícios para todos os cidadãos desta nação”. Ele resume a gestão de Silva e Luna como “um case de sucesso de como gerir uma empresa pública”.

Para o empresário Mário Camargo, presidente do Codefoz (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu), a gestão do general Silva e Luna possibilita, “fundamentalmente, a criação de uma infraestrutura que beneficia, efetivamente, o desenvolvimento sustentável não só de Foz do Iguaçu como de toda a região lindeira”.