Cotidiano

Itaipu chega aos 43 anos com sucessivos recordes

A usina de Itaipu comemora nesta semana 43 anos de fundação em meio a um cenário de crescimento bastante promissor para os dois países sócios no empreendimento. O Brasil já dá sinais de que deixou a recessão e o Paraguai se consolida cada vez mais como um dos melhores países da América Latina para se investir. Itaipu tem um papel fundamental no desenvolvimento econômico e social das duas nações vizinhas. Mesmo com a expansão do parque gerador brasileiro, a usina responde, hoje, por 17% do consumo de energia elétrica de todo o mercado nacional e atende mais de 76% do paraguaio.

Quanto mais a Itaipu gera, aproveitando com a melhor eficiência a matéria-prima do seu negócio, que é a água, menor é a dependência do Brasil de outras fontes de energia, como as termoelétricas, cujo custo de produção é muito mais elevado que o das hidrelétricas. Para o diretor-geral brasileiro, Luiz Fernando Vianna, o aniversário da empresa representa um marco histórico para o Brasil e o Paraguai e um exemplo para o mundo de cooperação entre dois países. “A criação de Itaipu é uma demonstração da capacidade de entendimento, com justiça e bom senso, dos nossos povos para erguer e gerir uma empresa vital para a sociedade brasileira e paraguaia”, diz Vianna.

Primeira usina hidrelétrica a romper a barreira anual dos 100 milhões de megawatts-hora (MWh), Itaipu produziu, em 2016, mais de 103 milhões de MWh. Na última década, a geração média anual da usina passa dos 93,2 milhões de MWh. Nenhuma outra hidrelétrica teve desempenho similar. Desde que entrou em operação, em maio de 1984, a geração acumulada da usina soma quase 2,5 bilhões de MWh.

Essa energia toda seria suficiente para suprir a demanda elétrica do mundo inteiro por 42 dias. Para se manter competitiva e sustentável, a usina vem se preparando para o futuro, em várias frentes. Os principais desafios em andamento são o projeto de modernização das unidades geradoras e os estudos para a revisão do Anexo C do Tratado de Itaipu. A atualização das máquinas deve durar dez anos e prevê investimentos de US$ 500 milhões. Já o Tratado de Itaipu completa 50 anos em 2023, quando seu Anexo C será revisado, conforme foi acordado entre os dois países em 1973.