Cotidiano

Itaipu abre vertedouro

Mesmo produzindo em alta para atender o sistema elétrico do Brasil e Paraguai, a usina de Itaipu, instalada no Rio Paraná, na fronteira do Brasil com o Paraguai, teve que abrir seu vertedouro por causa das chuvas abundantes localizadas em Foz do Iguaçu e região, na área no reservatório.

O vertimento que começou sexta-feira, 3, às 20h, atingiu ontem mais de 2,4 mil metros cúbicos de água por segundo, o dobro da média normal da vazão das Cataratas do Iguaçu, no Rio Iguaçu. De madrugada, o escoamento ultrapassou os 3,6 mil metros cúbicos de água por segundo. Esse cenário deve permanecer assim pelo menos até este domingo. A última vez que o vertedouro havia sido aberto foi no dia 28 de junho deste ano, ou seja, há pouco mais de quatro meses.

Itaipu perto de atingir 2,5 bi de megawatts

Foz do Iguaçu – Perto de atingir a marca de 2,5 bilhões de megawatts-hora (MWh) acumulada, em 33,5 anos de operação, a usina de Itaipu obteve agora em 2017 o quarto melhor outubro do ranking histórico. No mês, foram produzidos 8.291.916 MWh, volume suficiente para abastecer Foz do Iguaçu, onde está instalada a usina, por 15 anos. Em todo o ano, a geração de Itaipu já soma 78.293.230 MWh. Essa quantidade poderia atender o consumo de energia elétrica do Estado de São Paulo por sete meses.

Com uma produção acima das expectativas para o período, a usina ajudou mais uma vez a dar um pouco de alívio para o sistema elétrico brasileiro, que enfrenta um ano de condições hidrológicas bastante adversas.

Ao contrário do que acontece nas Regiões Sudeste, Nordeste e parte do Centro-Oeste do Brasil, chove muito em todo o Paraná, inclusive na região do reservatório de Itaipu. As chuvas localizadas contribuíram para o bom desempenho da Itaipu, que opera na cota normal do reservatório.

Para o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Luiz Fernando Leone Vianna, “a produção elevada de Itaipu dá um fôlego extra, ainda que temporário, para o sistema elétrico do Brasil, reduzindo, nesse momento, o número de usinas térmicas necessárias para enfrentar a escassez hídrica”. Mas ele lembra que, para normalizar a produção hidrelétrica do País, é preciso que chova bastante principalmente no Sudeste, onde se concentra o maior número de usinas do Brasil.