Cotidiano

Israel congela cooperação com Unesco após votação sobre Jerusalém

TEL AVIV, Israel – O governo de Israel anunciou nesta sexta-feira a suspensão de sua cooperação com a Unesco, o braço cultural da Organização das Nações Unidas (ONU). A decisão acontece um dia depois de a Unesco aprovar uma resolução que, segundo os israelenses, nega o vínculo milenar entre os judeus e o Monte do Templo, um dos locais mais sagrados de Jerusalém.

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Em carta dirigida à diretora geral da Unesco, Irina Bokova, e publicada no Twitter, o ministro israelense da Educação, Naftali Bennett, acusa a organização de dar um “apoio imediato ao terrorismo islamita” e anuncia a suspensão pela comissão israelense da Unesco de “todas as suas atividades profissionais com a organização internacional”.

A decisão significa a rejeição a reuniões com representantes da Unesco ou a participar em conferências internacionais, explicou o ministério.

A Unesco aprovou na quinta-feira um texto apresentado por sete países árabes com o objetivo de “proteger o patrimônio cultural da Palestina e o caráter distintivo de Jerusalém Oriental”.

Jerusalém Oriental é a parte palestina de Jerusalém ocupada desde 1967 por Israel, e anexada posteriormente, e que os palestinos aspiram a tornar a capital de seu futuro Estado.

Nesta área fica a extremamente sensível Esplanada das Mesquitas, terceiro local sagrado do islã, e local mais sagrado para os judeus, que o chamam de Monte do Templo. Neste ponto ficava o segundo templo judaico destruído pelos romanos no ano 70.