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Inter luta diante do Fluminense para se manter na elite neste domingo

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O Fluminense entra em campo neste domingo contra o Internacional, às 17h, como coadjuvante da possível queda do Gigante da Beira-Rio. Bem longe do imponente estádio do time gaúcho, o tricolor pode ser testemunha e protagonista, no acanhado Giulite Coutinho, em Edson Passos, do pior ano da história do Colorado, que há 10 anos, nesse mesmo dezembro, comemorava o Mundial de Clubes da Fifa, glória máxima do clube. À época, comandado pelo técnico Abel Braga, que assumirá o tricolor no próximo ano e, por estar viajando, não assistirá à partida.

Última rodada do Brasileiro – 11.12

As possibilidades de o Inter se manter na elite são pequenas, mas existem. Os gaúchos se salvam com um triunfo simples, caso o Sport não derrote o Figueirense no Recife. A derradeira chance é torcer para o Palmeiras, já campeão e todo desfigurado, derrotar o Vitória, no Barradão, por larga diferença de gols (são cinco gols de diferença no saldo). Se o Flu vencer, algo que não faz há nove partidas, decreta o rebaixamento do adversário.

? A três jogos do fim do Brasileirão, o Inter contratou o (técnico) Lisca para a dura missão de deixar o time na Série A. É o quarto treinador a tentar implantar sua filosofia em um time no mesmo ano. Não tem como dar certo ? disse Amanda Munhoz, repórter responsável pela cobertura do clube pelo jornal ?Zero Hora?.

Os triunfos do passado, no entanto, de nada servem neste momento, que começou a ser costurado ainda no ano passado, segundo quem acompanha o dia a dia do clube.

? A falta de planejamento é um dos principais problemas para que o Inter chegasse à última rodada com risco iminente de rebaixamento. Desde o início do mandato de Vitorio Piffero, em 2015, pode-se notar. Este ano conseguiu ser ainda pior. Sem querer dar continuação ao trabalho de Argel, tido apenas como um “motivador” pela atual direção, o presidente renovou com o treinador e não demitiu após a conquista do Gauchão, apesar de o time não mostrar qualquer tipo de evolução ? conta Amanda.

REBAIXAMENTO NÃO É O FIM

Porém, deixar o seleto rol dos clubes nunca rebaixados no Brasileiro, do qual faz parte ao lado de Cruzeiro, Flamengo, Santos e São Paulo, não significa o fim do mundo. A mancha no currículo até pode ficar. Mas voltas por cima de quem foi ao fundo do poço e voltou fazem parte da história de vários adversários, como a do próprio Fluminense, rebaixado três vezes nos anos 90 e bicampeão brasileiro em 2010 e 2012.

Palmeiras, Atlético-MG, Grêmio e Corinthians viveram a traumática experiência da queda, souberam aproveitar o apelo de um clube grande na Série B e recomeçaram na Série A. Com altos e baixos, mas títulos nacionais e internacionais na conta.

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? O impacto nas contas de 2017, tudo indica, não será grande. As cotas de TV se manterão e, dizem especialistas em marketing, o quadro social tende até aumentar em tempos de primeiro ano na B ? lembrou Leandro Behs, do Blog Dupla Explosiva.

Apesar de a queda não ser o fim, evitá-la a qualquer custo virou obsessão do clube. O jurídico do Inter tenta provar na Justiça erro na inscrição do zagueiro Victor Ramos, do Vitória, que tiraria pontos do time baiano e o rebaixaria. Os torcedores se constrangem com as atitudes dos dirigentes, que mudarão no ano que vem. No sábado, Marcelo Medeiros foi eleito presidente do clube.

Ficha do jogo

Fluminense: Júlio César, Wellington Silva, Nogueira, Henrique e Willian Matheus; Edson, Douglas e Gustavo Scarpa; Wellington, Richarlison e Henrique Dourado.

Internacional: Danilo Fernandes, William, Ernando, Paulão e Alex; Anselmo, Rodrigo Dourado, Anderson e Valdívia; Vitinho (Gustavo Ferrareis) e Nico López.

Juiz: Heber Roberto Lopes (Fifa-SC).

Local: Giulite Coutinho.

Horário: 17h.

Transmissão: Premiere.