Cotidiano

Instituto apura soluções ao mercado de trabalho

O líder do Projeto Reinvenção do Trabalho 60+ e organizador do evento, Rafael Sanches Neto, destacou o trabalho do Sesi

Curitiba – O Sesi no Paraná, por meio do Instituto de Inovação em Longevidade e Produtividade, participou de um dos maiores eventos do País voltados para a promoção do envelhecimento com qualidade de vida, o Encontro LAB60+ 2016, que ocorreu neste mês, em São Paulo. O encontro é um marco anual do trabalho do LAB+60, que tem como objetivo principal propor respostas positivas e inovadoras para a longevidade, por meio da conexão entre os diversos atores sociais. 

O Sesi no Paraná foi representado no LAB60+ pelo coordenador do Instituto Sesi de Inovação em Longevidade e Produtividade, Rodrigo Meister de Almeida, que tratou, em um dos debates, das transformações e oportunidades com os novos cenários de trabalho. “Em parceria com o Instituto Finlandês de Saúde Ocupacional, o Instituto do Sesi criou uma metodologia que auxilia as empresas a prepararem seus funcionários para as mudanças na carreira profissional, com ações que fortalecem a cidadania e o desenvolvimento profissional, humano e social”, explica.

O líder do Projeto Reinvenção do Trabalho 60+ e organizador do evento, Rafael Sanches Neto, destacou o trabalho do Sesi. “A apresentação no debate mostrou a grande contribuição que o Instituto de Longevidade e Produtividade do Sesi vem trazendo para demonstrar para a indústria e a sociedade que as pessoas não apenas estão vivendo mais, mas que continuam com potencial produtivo comprovado e interessadas em novas oportunidades de crescimento”, disse. 

Sanches ressaltou ainda que as pesquisas do Instituto Inovação em Longevidade e Produtividade contribuem para diminuir o preconceito da sociedade em relação às pessoas idosas e para destacar o papel da indústria na manutenção e absorção dessas pessoas. “Esse deverá ser o movimento natural das organizações para fazer frente à revolução demográfica que estamos vivendo em todo mundo com o envelhecimento rápido e definitivo das populações”, apontou.

Desafios da longevidade

Conforme explica Almeida, o Brasil vive hoje uma agressiva mudança no perfil da população, alterando a pirâmide etária do País. Em 1991, 28% da população brasileira era composta por jovens entre 15 e 29 anos. Em 2010, esse percentual caiu para 27%. A previsão para 2060 é que o percentual seja de 15%. “Esse aumento da expectativa de vida do brasileiro, associado ao menor ritmo de crescimento da população geral, tornam os cuidados com a saúde física, psíquica e a qualidade de vida ainda mais relevantes, com efeitos importantes para uma vida profissional melhor e mais longa. A longevidade das pessoas e de sua carreira devem ser vistas como uma oportunidade de desenvolvimento profissional e particular”, aponta.

O papel das empresas

Nesse contexto, as empresas podem atuar como agentes facilitadores, fornecendo estímulos e apoio ao trabalhador em função do planejamento do futuro profissional, que é uma responsabilidade individual para as pessoas, como explica Almeida. A partir desse desafio, foi estruturado o Instituto Sesi de Inovação em Longevidade e Produtividade, que auxilia as empresas a lidarem com essas mudanças de cenário.

Uma das tecnologias utilizadas pelo Instituto é o do Empoderamento para Longevidade Produtiva, que promove a gestão de carreira, experiência e bem-estar mental dos trabalhadores e gestores no mundo do trabalho atual. “O método aumenta as oportunidades de os participantes descobrirem soluções de sucesso relacionadas à carreira e reforça a capacidade de lidar com contratempos. O envelhecimento acontece desde que nascemos e as pessoas e as corporações devem se preparar. Todos vamos experimentar essa diversidade”, detalha Almeida.

A partir de pesquisas, de acesso a informações sobre envelhecimento ativo no ambiente de trabalho, diálogos com as indústrias, e ferramentas que organizam e disseminam conteúdos sobre a transição demográfica da população brasileira e seus impactos na força de trabalho, o Instituto orienta os empregadores na tomada de decisões, em seus planejamentos estratégicos, tendo como objetivos a inclusão e a promoção da saúde dos trabalhadores mais longevos.