Cotidiano

Inquilinos indesejados

Já imaginou descobrir uma grande família de morcegos morando no teto da sua casa? Foi o que aconteceu na propriedade do agricultor Hilário Klauck, em Colônia Centenário, zona rural de Cascavel. “Ouvimos um barulho no teto e pensamos que era um gambá, subi no teto para ver e eles estavam todos amontoados em um canto” diz. Mas os novos inquilinos logo serão despejados, pois além de causar preocupação já estão arrumando encrenca “Um dos cavalos da propriedade foi picado esta semana, então quero tirá-los daqui o quanto antes” planeja Hilário.

Os últimos casos de raiva na nossa região foram em novembro de 2017, na cidade de Três Barras do Paraná, e na região de Catanduvas. Quem faz o controle da população de morcegos hematófagos (que se alimentam de sangue), a fiscalização e prevenção de focos de raiva em herbívoros é a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar).

O morcego em si não tem o vírus da raiva, ele apenas a transmite, mesmo assim é importante tomar cuidado, pois segundo a médica veterinária da Adapar, Michele Honaga, “Todas as espécies de morcegos podem transmitir o vírus da raiva caso estejam com a doença”. Michele também adverte que “o principal cuidado no contato do homem com o morcego, seja ele hematófago ou não, é no manuseio desses animais; sendo necessário apanhá-lo com luvas ou outro meio que evite o contato com o morcego, já que não há possibilidade de saber se o mesmo é portador do vírus ou não”.

Providências

Matar morcegos é considerada uma atividade lesiva ao meio ambiente e proibida por lei. O controle destes animais é feito somente por órgãos oficiais. Atitudes que podem ser tomadas pelo morador do local infestado são: Afugentá-los e impedir a formação de colônias, comunicar a Adapar, ou apanhar o animal e encaminhar para Adapar para identificação da raça e diagnóstico da raiva.