Política

Informe da redação do dia 13 de setembro de 2019

Recados dados

Em sua despedida como procuradora-geral da República, na sessão plenária do Supremo, Raquel Dodge aproveitou para deixar um recado a todos os ministros da Corte para que “permaneçam atentos a todos os sinais de pressão sobre a democracia liberal”. “Quero lhes fazer um pedido muito especial, que também dirijo à sociedade civil e a todas as instituições da República: protejam a democracia brasileira tão arduamente erguida em caminhos de avanços e retrocessos, mas sempre sob o norte de que a democracia é o melhor modelo para construir uma sociedade de mais elevado desenvolvimento humano.”

Recados dados II

O decano do STF ministro Celso de Mello aproveitou a sessão para dar outro recado: “O Ministério Público não serve a governos, não serve a pessoas, não serve a grupos ideológicos, não se subordina a partidos políticos, não se curva à onipotência do poder ou aos desejos daqueles que o exercem, não importando a elevadíssima posição que tais autoridades podem ostentar na hierarquia da Republica”.

Treta no MDB

O deputado Requião Filho ainda não digeriu seu afastamento do comando do MDB em Curitiba. “Aqui, no Paraná, a democracia vai sendo substituída diariamente pelo tapetão. Quem não tem voto, tem medo da disputa. Triste de um movimento que já foi democrático”, atacou nas redes sociais. “O choro é livre. Quem tem voto cumpre o mínimo, pelo menos”, reagiu um dirigente da executiva estadual do partido.

Fundão

Para ganhar o Congresso, o governo federal pode aumentar a proposta do valor do fundo eleitoral de R$ 1,87 bilhão a R$ 3,7 bilhões. O novo valor fundo constará no orçamento e o dinheiro será destinado a candidatos e a prefeito e vereador em 2020.

Pressão por cargos

O ministro da Secretaria de Governo de Jair Bolsonaro, Luiz Eduardo Ramos, reuniu-se esta semana com a bancada de deputados federais do Paraná. O ministro foi cobrado pela liberação de cargos e verbas relacionadas ao acordo para a aprovação da reforma da Previdência na Câmara.

Sem dindim

Ramos disse que não há dinheiro disponível, mas que seria liberado em breve. Quanto aos cargos, Ramos tem se mostrado insatisfeito com deputados que têm indicados em órgãos federais e se posicionam contra o governo nas votações.

(in)Fidelidade?

Diante da cobrança por fidelidade, o ex-ministro da Saúde Ricardo Barros (PP) disse que o presidente não pode demitir deputado, mas o deputado pode demitir o presidente. “Se precisar demitir o presidente, nós demitimos. Ele não pode demitir o Congresso. A palavra final é nossa, ele é que tem que querer estar de bem conosco. Se ele não quer, está ótimo para nós. O Congresso está vivendo um ótimo momento com essa independência”. Mais tarde, Barros garantiu que não falou em tom de ameaça.

Sem folga

O empresário de Toledo Divonsir Cardoso teve o celular hackeado ontem e bandidos usaram seu nome e da Uopeccan para pedir dinheiro. Há poucos dias, um secretário de Cascavel teve problema semelhante.

Mais conforto

Em Foz do Iguaçu, os vereadores discutem projeto que prevê isenção de ISS para as empresas do transporte público como compensação para a instalação de ônibus novos com ar-condicionado.

De fininho…

Fofoqueiros de plantão já dão como certa a saída de Sergio Moro do Governo Bolsonaro. Mas eles se dividem. Alguns apostam que o superministro vai trucar para defender o comando da Polícia Federal; outros acham que ele não quer mais pagar pra ver.