Cotidiano

Inflação medida pela FGV cresce 0,5% na primeira semana de 2017

RIO – Puxada para cima pelos preços do grupo habitação, a inflação medida pela Fundação Getulio Vargas, por meio do Índice de Preços ao Consumidor IPC-S teve alta de 0,5% na primeira semana de 2017. O acréscimo foi de 0,17 ponto percentual sobre a taxa registrada na última divulgação. Nesta apuração, quatro das oito classes de despesa que compõem o índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. A pesquisa de preços é feita em Recife, Salvador, Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre.

O economista coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da FGV, Paulo Picchetti, explica que o índice geral acelerou, na virada do ano, porque os preços do grupo de habitação, que têm um grande peso na taxa geral, desaceleraram sua queda que, na semana anterior, havia sido de 0,67%, e na primeira semana de janeiro ficou em apenas -0,28%.

Nesta classe de despesa, o destaque foi para o item eletricidade residencial, cuja taxa passou de -5,87% para -3,96% na semana passada, efeito do fim da cobrança extra nas contas de luz a partir de janeiro, quando a bandeira voltou a ser verde, ressalta Picchetti.

Também registraram alta em suas taxas de variação os grupos: alimentação (0,44% para 0,75%), transportes (0,78% para 0,96%) e comunicação (0,25% para 0,36%). Nestas classes de despesa, aumentaram os preços, na virada do ano, os itens carnes bovinas (0,15% para 1,08%), tarifa de ônibus urbano (0,04% para 0,68%) e tarifa de telefone móvel (0,03% para 0,30%).

Em contrapartida, os grupos vestuário (que passou de 0,73% na semana anterior para 0,27% na primeira de janeiro), saúde e cuidados pessoais (0,71% para 0,66%), educação, leitura e recreação (0,95% para 0,78%) e despesas diversas (1,50% para 1,24%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores contribuições partiram dos itens roupas (passou de 0,95% para 0,29%) artigos de higiene e cuidado pessoal (0,94% para 0,75%), passagem aérea (18,04% para -6,51%) e cigarros (3,31% para 2,51%), respectivamente.