Economia

Inflação desacelera em abril, mas acumula alta de 6,76%

O resultado foi pressionado pela alta nos preços dos produtos farmacêuticos

Utilizacao do Cartao Comida Boa  nesta terça-feira (12), em  Supermercado na cidade de Sarandi. O programa visa atender pessoas em vulnerabilidade social durante a Pandencia de Covid19.   12/05/2020 -  Foto: Geraldo Bubniak/AEN
Utilizacao do Cartao Comida Boa nesta terça-feira (12), em Supermercado na cidade de Sarandi. O programa visa atender pessoas em vulnerabilidade social durante a Pandencia de Covid19. 12/05/2020 - Foto: Geraldo Bubniak/AEN

Brasília – A inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) fechou abril com alta de 0,31%, ante um avanço de 0,93% em março, informou nessa terça-feira (11) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado foi pressionado pela alta nos preços dos produtos farmacêuticos.

A taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 2,37% e, nos últimos 12 meses, em 6,76%, o que deixa o IPCA está acima do teto da meta do governo para este ano, que é de 5,25%.

No grupo saúde e cuidados pessoais, a alta foi de 1,19%. A principal influência desse resultado foi o aumento dos preços dos produtos farmacêuticos (2,69%), que foram também o principal impacto no índice geral.

A maior variação nos produtos farmacêuticos veio dos remédios anti-infecciosos e antibióticos (5,20%). Além disso, houve alta também nos produtos de higiene pessoal (0,99%), como perfumes (3,67%), artigos de maquiagem (3,07%), papel higiênico (2,90%) e produtos para cabelo (1,21%).

Outro destaque no índice de abril foi o grupo dos transportes, que variou -0,08%, influenciado, principalmente, pela queda nos preços dos combustíveis. Após 10 meses consecutivos de alta, a gasolina recuou 0,44% em abril. Mas a queda mais intensa no grupo veio do etanol (-4,93%).

Por outro lado, ainda nos transportes, os automóveis novos (1,01%) e usados (0,57%) tiveram alta. E os preços das passagens aéreas (6,41%) subiram pela primeira vez no ano.

O aumento no preço de alimentos como as carnes (1,01%), o leite longa vida (2,40%), o frango em pedaços (1,95%) e o tomate (5,46%) tornou a alimentação no domicílio (0,47%) mais cara do que no mês anterior, o que explica a alta de 0,40% no grupo alimentação e bebidas.

O grupo habitação registrou alta de 0,22%, depois do avanço de 0,81% em março, principalmente por causa da desaceleração nos preços do gás de botijão (1,15%), que haviam aumentado 4,98% em março, e pelo recuo de 0,04% da energia elétrica.