Cotidiano

Inflação chinesa fraca e cenário global incerto podem levar a mais estímulos

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PEQUIM – A fraca inflação chinesa e as preocupações do G-20 de que a recuperação global ainda é preocupante estão reforçando as opiniões entre alguns economistas de que mais estímulos governamentais serão necessários para dar apoio à China.

A inflação aos consumidores em junho na segunda maior economia do mundo ficou em 1,9% em relação ao mesmo mês de 2015, de acordo com dados divulgados neste domingo pelo Escritório Nacional de Estatística da China. Em maio, os preços haviam subido 2%, também na comparação anual.

O número ficou, mais uma vez, abaixo da meta do governo para este ano, que é de cerca de 3%, indicando a persistência da fraca demanda doméstica. Um levantamento feito pela Reuters mostra que os analistas esperavam, em média, alta de 1,8%.

?No nosso ponto de vista, enquanto a China reitera a importância da reforma do lado do fornecimento em função de temores de dívidas e de excesso de produção, as autoridades ainda precisam estimular a demanda para poder alcançar a meta de crescimento?, avaliou Zhou Hao, economista sênior de mercado emergente asiático no Commerzbank em Cingapura, em uma nota.

Atualmente, a meta de crescimento econômico do país é de 6,5% a 7% para este ano. Em 2015, a China cresceu 6,9%, seu ritmo mais lento em 25 anos.

?Claro, mais flexibilização de política ainda pode acontecer, e nós mantemos nossa visão de que o Banco Popular da China (o banco central chinês) vai reduzir tanto as taxas de juros quanto as exigências de compulsório (porcentagem do capital que os bancos devem reter) este mês?, disse Zhou.

Outros economistas dizem que autoridades deveriam usar a política fiscal para estimular o crescimento, acrescentando que ainda há interrogações sobre a efetividade de mais flexibilização.